e das modernas correntes sociais. Nota-se que em 1957 houve 12 rendimentos colectáveis que produziram matéria tributável da ordem dos 117 000 contos - cerca de 10 000 contos na média de cada rendimento.

Igualmente se nota nos rendimentos compreendidos nos escalões superiores a 500 contos aumentos sensíveis.

Pessoas colectivas

52. Também subiram bastante as importâncias colectáveis no caso do imposto que recai sobre pessoas colectivas, como se verifica do quadro seguinte:

Não houve sensível diferença no número de contribuintes - pouco mais de 300 -, mas as importâncias colectáveis subiram de l 925 811 para 2 334 625 contos.

Ainda neste caso as importâncias colectáveis superiores a 3000 contos aumentaram muito, como se pode observar no quadro. Já atingem perto de 800 000 contos e representam cerca de um terço do total. Estará a dar-se uma concentração excessiva de actividades? Os resultados apresentados em 1957 exprimem melhor arrumação do imposto?

Com excepção do escalão 2500 a 3000 contos, que diminuiu em número de contribuintes e no quantitativo - provavelmente por terem sido englobados alguns rendimentos no escalão superior -, todos os outros acusam acentuadas melhorias.

Rendimentos globais

53. Indicaram-se acima os rendimentos globais que serviram de base no lançamento do imposto complementar, assim como o quantitativo das deduções legais.

Também se consideraram já por escalões os dois grandes grupos das pessoas singulares e colectivas. Resta agora indagar da sua distribuição geográfica. Organizou-se para esse efeito o quadro seguinte:

Os 7 994 752 contos de rendimentos globais dividem-se em 4 059 908 contos, que se referem a pessoas singulares, e 3 934 844, respeitantes a pessoas colectivas.

Consideremos em primeiro lugar as pessoas singulares. Mais de metade dos rendimentos globais de pessoas singulares é liquidada no distrito de Lisboa - ao todo 2 398 279 contos.

O aumento, em relação a 1957, em Lisboa foi substancial. Adicionando os do distrito do Porto obtém-se o total superior a 3 milhões de contos - perto de 80 por cento do total dos rendimentos globais de pessoas singulares.

Os restantes distritos contêm cerca de 1 milhão de contos apenas.

Este fenómeno, tratando-se demais a mais de pessoas singulares, mostra a estranha preponderância de Lisboa na economia nacional e a concentração de rendimentos, que se avolumam ano após ano.

No caso dos rendimentos globais de pessoas colectivas dá-se fenómeno idêntico, cabendo a Lisboa também mais de metade e aumentando bastante a quota-parte do distrito do Porto.

O número de rendimentos globais no distrito de Lisboa é de 21 667 nas pessoas singulares. A média é da ordem dos 120 contos. No caso das pessoas colectivas o