Seguros

81. As receitas desta actividade ainda aumentaram para 29 553 contos - mais cerca de 1986 contos do que no ano anterior.

Esta indústria tem-se desenvolvido bastante nos últimos anos e é natural que continue a progredir, dado o campo vasto que ainda pode ser explorado.

82. Atingiram 458 152 contos as receitas totais provenientes desta indústria. Pertencem a este capítulo 173 908 contos - mais 13 850 contos do que no ano anterior, relativos à indústria e comércio. Mas os direitos aduaneiros sobrelevam esta importância, pois atingiram 270 652 contos. No quadro a seguir publicam-se os números que definem a origem das receitas dos tabacos e o seu total:

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A soma aproxima-se dos 500 000 contos. Embora houvesse progressos desde 1938, eles são inferiores aos que se notam noutros artigos do capítulo.

Proveniência do tabaco

83. Examinando as cifras da importação de tabaco em 1957 e comparando-as com as de anos anteriores, nota-se não ter havido progresso sensível nas remessas do ultramar português. Importámos de Angola 251 t, no valor de 2699 contos, e de Moçambique 83 t, no valor de 1696 contos. As duas grandes províncias, com largas aptidões para a cultura do tabaco, concorrem com percentagens muito baixas para o consumo da metrópole.

Outros países, como a Grécia, a Itália, a Federação das Rodésias e da Niassalândia e até a Argélia, suplantam os abastecimentos de territórios nacionais.

Há certamente qualquer coisa de estranho, que não está bem. A importação aumentou em 1956 para 131 955 contos e 5270 t. Deste total apenas vieram de Angola e Moçambique 334 t, que valiam 4392 contos - pouco mais de 3 por cento do valor total da importação.

São unânimes as informações sobre as possibilidades de larga produção nos territórios ultramarinos e parece ser rend osa a actividade. Aliás, o tabaco consumido naquelas províncias, manufacturado em grande parte com matéria-prima produzida nas províncias, é excelente.

A cultura pode ser altamente colonizadora, como se provou já nos territórios da Rodésia e Niassalândia1.

Tudo parece resumir-se a um problema de organização, incluindo o financiamento e as operações de secagem da folha.

Não será possível reunir a boa vontade de todos no sentido de aliviar a zona do escudo de, pelo menos, 50 000 ou 60 000 contos de divisas que anualmente se enviam para o estrangeiro, com prejuízo da balança de pagamentos? Não será possível orientar uma corrente emigratória para esta cultura e fixar deste modo alguns milhares de famílias em Angola e Moçambique?

Parece ser já tempo de resolver um problema que tem a dupla importância de valorizar as condições de povoamento e de melhorar as balanças de comércio as duas grandes províncias portuguesas do Atlântico e do Índico.

Camionagem

84. Atingiu 78 378 contos o imposto de camionagem, cabendo 51 856 contos a imposto de compensação, como se nota no quadro seguinte:

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Como se sabe, este imposto tem aumentado muito nos últimos tempos. É sequência do desenvolvimento dos transportes por camionagem.

Minas

85. O imposto sobre minas reflecte a actividade desta indústria. E geralmente maior quando os negócios internacionais indicam preocupações políticas. O volfrâmio ocupa então uma posição dominante.

Em 1957 o imposto sobre minas rendeu 14 715 contos - menos 604 contos do que no ano anterior. Viu-se acima que as exportações de volfrâmio diminuíram apreciàvelmente.

Outros impostos

86. Nos outros impostos não houve alterações sensíveis: os fósforos tiveram um aumento de 130 contos, num total de 18 106 contos; o ferroviário manteve-se com um ligeiro aumento de 162 contos, em 5507 contos; o dos espectáculos melhorou a sua receita para 25 714 contos - mais 1376 contos do que no ano anterior.

Finalmente, o do jogo teve a importante queda de 8259 contos.

87. O grande aumento das receitas neste capítulo deve-se a melhorias dos rendimentos das taxas em quase todos os serviços, mas principalmente nos administrativos, nos alfandegários e nos da marinha mercante.

A seguir se publicam as cifras, que mostram um total de receitas de 414 363 contos - mais 32 858 contos rio que em 1956.

1 A Federação das Rodésias e da Niassalândia exportou já tabaco no valor de £ 28.336:594. A Grã-Bretanha importou da Federação em 1956 tabaco tipo Virgínia no valor de l 280 000 contos.