No pessoal há duas verbas importantes: a do pessoal dos quadros aprovados por lei (10 516 contos) e a do pessoal assalariado (5864 contos).

Em material o que mais pesa são as verbas destinadas a novas construções e as de conservação. Em 1957 os gastos de material podem decompor-se do modo que segue:

Construções e obras novas:

contos

Estradas submersíveis, pontes e pontões ..... 1 228

Aquisições de utilização permanente:

Total ...... 20 453

A única diferença sensível em despesas de construções e obras novas refere-se a obras marítimas e fluviais.

O quantitativo gasto subiu de 6898 contos para 7308 contos.

Nas despesas relativas a conservação de imóveis, semoventes e móveis há a assinalar um reforço substancial na que se refere a imóveis.

Na classe de despesas de pagamento de serviços e diversos encargos a verba mais importante diz respeito às despesas com obras hidráulicas a reembolsar. Atingiu 10 531 coutos - contra 8540 contos em 1956. Gomo a despesa total nesta rubrica foi de 11 522 contos, as restantes verbas em pagamento de serviços e diversos encargos têm pequena importância.

Despesas extraordinárias Nas despesas extraordinárias avultam a hidráulica agrícola e os portos. A maior parte da despesa da hidráulica tem lugar nas obras do Sorraia.

A verba total discrimina-se do modo que segue:

Contos

Hidráulica agrícola .......... 122 681

Aproveitamentos hidráulicos

As duas dotações de maior volume nas despesas extraordinárias são as dos portos e as de hidráulica agrícola, a primeira num total de 41 126 contos, incluindo 1970 para estudos e projectos, e a segunda de 122 681 contos.

Dá-se a seguir a discriminação, por obras realizadas em 1957, da despesa dos portos:

contos

Estudos, ensaios e projectos 1 970

Total ....... 41 126

As despesas em portos constituem no orçamento extraordinário uma rubrica que já vem de longe. Alguns dos portos já deviam estar terminados, mas, dada a repetição da rubrica, há a impressão de que as obras caminham devagar ou não foram projectadas de começo com a latitude que alcançaram depois.

Além da quantia acima mencionada, inscrita no orçamento dos serviços hidráulicos, há outras verbas destinadas aos portos de Lisboa e Leixões. Nas respectivas secções se estudará o assunto.

Hidráulica agrícola A importância paga em 1957 for força de despesas na hidráulica agrícola subiu a 122 681 contos.

A grande parcela desta soma refere-se ao vale do Sorraia, mas outras obras consumiram verbas avultadas.

A seguir indicam-se as somas gastas em cada uma das obras em execução em 1957:

contos

Aproveitamentos hidráulicos da Madeira.. 6 000

Todas estas obras fazem parte do Plano de Fomento e representam o desenvolvimento de obras em curso. Em pareceres futuros se dará nota do custo total de cada uma das obras. Mantiveram-se ao nível do ano anterior as despesas ordinárias e extraordinárias da Junta Autónoma de Estradas, ou 151 630 contos nas primeiras e 180 000 contos nas segundas; ao todo 331 630 contos.

Dado o estado actual das estradas, tanto no que diz respeito a conservação como a características, em referência a tráfego cada vez mais intenso, impõe-se um reforço substancial, ou, o que vem a dar na mesma coisa, um financiamento de obras volumosas, como a auto-estrada e outras, por força de verbas especiais.

O problema começa a ter acuidade, dado o gradual desgaste de muitos pavimentos e a qualidade de pavimento, impróprio já para tráfego cada vez mais pesado, de muitas estradas.

Por outro lado, a necessidade de concluir o plano rodoviário, onde há vias classificadas há muitas dezenas de anos, exige esforço sério no sentido de melhoria, de verbas.

Aliás, uma simples vista das despesas ordinárias de 1938 e 1956 mostra ter sido bastante pequeno o aumento, pois passaram de 100 250 contos para 151 630 contos. Quanto às despesas extraordinárias deve notar-