Nas pontes a despesa total atingiu 407 693 contos, o que é notável. Mas deve atender-se a que nesta soma se inclui o custo da ponte de Vila Franca de Xira.

Os números acima discriminados podem sumariar-se em outro quadro, que nos dá em conjunto, por estradas e pontes, as despesas e as respectivas percentagens, incluindo as ilhas adjacentes:

Por este quadro se verifica que, considerando as estradas e pontes, as despesas se equilibram melhor. A distribuição das verbas por distritos dá-nos, até certo ponto, as razões dos atrasos em alguns deles. Deve notar-se que, como, aliás, era natural, no início da execução dos planos rodoviários- u construção de estradas intensificou-se à roda dos dois grandes centros populacionais. Mas a lenta evolução de novas construções levou aos grandes atrasos que ainda hoje se notam nos distritos do interior e em parte são a causa do seu frouxo desenvolvimento económico.

O exame das cifras do quadro a seguir dá ideia da velocidade de construção nas diversas regiões do País:

Na conservação e reparação predominam as dotações dos distritos de Lisboa (87 576 contos), Santarém (85 758 contos), Beja (83 665 contos) e Évora (79 761 contos).

Todos eles são atravessados por estradas internacionais. Nos dois últimos os seus percursos são grandes.

Na construção o distrito de Lisboa, com o gasto de 282 356 contos, representa cerca de 20 por cento do total. Há distritos, como o de Vila Real, em que a percentagem pouco vai além de 2 por cento.

Mas tirando o distrito do Porto, com o dispêndio na construção de 110 667 coutos, as restantes zonas do País, e em especial naquelas em que mais se nota a falta de comunicações, tiveram verbas pequenas.

Em nenhum deles atinge 10 por cento, e na quase totalidade a percentagem de cada um anda à roda de 5 por cento do total da construção.

O problema assume, pois, aspectos que necessitam de ser encarados com objectividade. Considerando apenas as estradas, os números são os que seguem.