(...) um pouco inferior à dos dois anos anteriores, não é de alarmar, embora deva ser considerada pelos serviços no seu justo valor e indagadas as causas do retrocesso. As despesas também aumentaram, mas o acréscimo não acompanhou o das receitas. Arredonda-se em cerca de metade. Este facto influi no resultado final.

A seguir indicam-se as despesas de alguns anos:

(ver tabela na imagem)

Nota-se que o ano de maiores despesas foi o de 1956, devido essencialmente ao aumento de vencimentos e reformas dos serviços. O acréscimo em 1957 está na linha dos aumentos nos anos anteriores a 1956.

Hão-de decompor-se adiante as despesas nos últimos anos, e então se verificará a importância do pessoal.

A produtividade do trabalho nestes serviços tem uma grande importância. Por esse motivo se procura por todos os modos efectivar a sua mecanização.

Origem das receitas O aumento foi devido aos serviços postais e à exploração telefónica do Estado e particular. A telegrafia internacional acusa menor valia apreciável, visto ter receitas inferiores em 8164 contos às de 1956.

As duas grandes parcelas das receitas são as dos serviços postais e da rede telefónica.

A primeira ainda é superior à segunda, mas o desfasamento da última vai desaparecendo. Tudo parece indicar que a rede telefónica em breve terá receitas semelhantes às dos correios.

A seguir indica-se a origem das receitas:

(ver tabela na imagem)

O rendimento da telegrafia nacional estagnou na casa dos 16 000 contos já há anos e o da telegrafia internacional acusa altos e baixos, conforme as liquidações entre os diversos países. Mas os telefones do Estado continuam a aumentar o tráfego, acusando este ano maior valia superior a 8 900 contos, que, contudo, ó inferior à que se verificou entre 1955 e 1956 (16 144 contos). Nos serviços postais o aumento de receita foi de 6 por cento. A percentagem de aumento foi, assim, inferior à percentagem de acréscimo das receitas totais - ou 7,3 por cento em relação às de 1956.

Na receita dos serviços postais ocupa lugar dominante a venda de selos, que atingiu este ano 247 404 coutos. Se se lhe juntarem as máquinas de franquia, as receitas atingem 271 800 contos. As receitas destes serviços foram as. que seguem:

(ver tabela na imagem)

Além dos selos e outros valores postais, há a considerar as avenças postais e as máquinas de franquias.

As primeiras tiveram a receita de 3882 contos e as segundas de 20 519 contos. Nestas últimas a subida foi apreciável, pois atingiu 4945 contos, ou 31,75 por cento. Vai-se alargando o gosto e a utilidade da máquina de franquiar, o que significa economia para os serviços.

Parte do acréscimo derivou do desenvolvimento do tráfego e a outra parte proveio de compensação de despesa com origem no agravamento dos fretes postais, terrestres e marítimos. Mas a maior parcela resultou de aumentos no tráfego.

É de interesse notar o lugar proeminente ocupado por Lisboa na receita dos serviços postais.

Os números do quadro seguinte definem claramente esse lugar:

(ver tabela na imagem)

0 tráfego postal de Lisboa é de cerca de um terço do total do País, e juntando-lhe o do Porto, aproxima-se de metade. Estes números confirmam a importância da vida económica da capital no conjunto metropolitano. A rede telefónica continua a alargar-se e as cifras das suas receitas reflectem o tráfego.

A receita do serviço nacional ultrapassou pela primeira vez os 200 000 contos, mas o acréscimo deste ano não foi tão grande como o do ano passado. Em