É de notar o aumento do correio aéreo. No tráfego marítimo e ferroviário o último consumiu 16 740 coutos em 1957, excluindo 318 contos nos wagons-lits. O tráfego por mar despendeu 6 227 contos. Nos encargos financeiros há a renda do Estado, ou 3000 contos, e os juros e amortizações de empréstimos, ou 45 894 contos.

Estes últimos encargos somaram 63 889 contos em 1956, conforme discriminação inserta no parecer daquele ano, e desceram sensivelmente em 1957, devido à diminuição, no reembolso ao fundo de reserva, de quantias adiantadas.

A discriminação desta verba é a que segue:

(ver tabela na imagem)

Vê-se que quase iodas as rubricas se mantiveram, com excepção da última. As outras verbas de pagamento de serviços falam por si e não há necessidade de grandes comentários. A comparação com anos anteriores, que pode ser feita compulsando os vários pareceres, dá imediatamente a sua evolução.

Uma dos rubricas mais importantes é a de rendas de casa, que atinge 5190 contos. O aumento foi devido ao aluguer de novos prédios, num total de 565 contos.

As rendas pagas pelos correios, telégrafos e telefones nos últimos três anos foram as que seguem:

(ver tabela na imagem)

Exploração Nos resultados da exploração continua a influir o serviço telefónico, que em 1957 concorreu para o saldo com 35 560 contos. O cálculo para a determinação dos resultados finais depende bastante do, coeficiente atribuído às despesas. Em 1957 estes coeficientes foram de 55 por cento para os correios, 9 por cento para os telégrafos e 37 por cento paia os telefones. Nestes pesam bastante os encargos de empréstimos nos últimos anos, visto eles terem sidos aplicados em grande parte no desenvolvimento da rede.

(ver tabela na imagem)

Vê-se a influência dominante da rede telefónica nos resultados, que naturalmente se há-de acentuar com o tempo, na medida em que aumenta o tráfego.

Os correios estão onerados com despesas avultadas de pessoal e transportes, que se traduzem em baixa influência nos resultados. Os trabalhos de desenvolvimento dos serviços, principalmente os dos telefones, são financiados por empréstimos e recursos próprios, através do fundo de reserva. As fontes dos empréstimos são o Estado e a Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência.

O total investido em 1.º estabelecimento nas últimas vinte e uma gerências (1937 a 1957) sobe a l 195 298 contos e foi financiado assim:

Contos

Empréstimos do Estado (1937-1952) .... 416 628

Plano de Fomento (Caixa Geral de

Depósitos, Crédito e Previdência) .... 162 788

Os empréstimos do Estado encontram-se hoje reduzidos de 121 968 contos, já amortizados, e arredondam-se em 294 660 contos.

O movimento do empréstimo do fundo de reserva ao fundo de 1.º estabelecimento foi como segue em 1957:

Contos

Saldo em dívida em l de Janeiro de 1957 .... 133 125

Total ...... 218 364

O débito ao fundo de reserva aumentou muito - de 133 125 contos para 218 364.

O movimento do fundo de 1.º estabelecimento, através do qual se financia o plano de novas construções, linhas e outras melhorias, foi o seguinte:

Contos

Contos

Construções telegráficas e telefónicas .. 889 748

Construções radioeléctricas ............. 25 152

Deste modo se verifica o considerável desenvolvimento da rede telegráfica e telefónica, podendo dizer-se que quase tudo diz respeito aos telefones, visto a telegrafia figurar na conta com apenas 20 873 contos.

Embora a densidade da rede telefónica melhorasse bastante, ainda está longe de atingir a de outros países