Tirando as relativas a pessoal, as mais importantes referem-se a material e a pagamento de serviços e diversos encargos. As despesas de material compreendem várias rubricas, que se podem agrupar do modo que segue:

(ver tabela na imagem)

Além das mencionadas no quadro, são de interesse as seguintes: materiais diversos 692 contos, impressos 352 contos e artigos de expediente 356 contos. A soma total dos encargos inscritos nesta classe de despesas atingiu 57 078 contos. Avultam duas verbas: a do fundo de melhoramentos e a do tráfego, que, somadas, perfazem cerca de 41 563 contos, num total de 57 078 contos, números redondos.

No quadro a seguir discriminam-se as principais despesas:

Contos

Cargas e descargas ......... l 678

Fundo de melhoramentos ..... 23 964

Despesas de higiene e saúde l 512

Abono de família ........... l 808

Deve notar-se a grande subida da despesa no fundo de melhoramentos. Significa ter sido possível custear algumas das obras executadas durante o ano por força de receitas ordinárias. O porto de Lisboa financia parte das obras em curso com os resultados positivos da exploração através do fundo de melhoramentos. Assim, o recurso ao empréstimo foi menor este ano, considerando o volume de obras.

As despesas, com o tráfego aumentaram cerca de 1540 contos, devido ao volume da carga manuseada.

O abono de família arredonda-se em 1808 contos. A dívida do porto de Lisboa continua a aumentar, aproximando-se já de 400 000 contos. Destes, 375 782 são devidos ao Tesouro e têm sido utilizados no financiamento do plano que está a ser executado.

Além deste credor, há apenas o fundo de seguros, como se nota a seguir:

Contos

Ao Estado, para execução do plano de

Fundo de seguros:

O porto aumentou a sua dívida em 1957 de 329 113 contos para 399 255 contos, mais 70 142 contos. Uma parte proveio de adiantamentos do Estado, outra do fundo de seguros. Os subsídios e empréstimos do Estado foram feitos ao abrigo do Decreto n.º 35 716, de Junho de 1946. A conta dos empréstimos do Estado, como se indica acima, soma 375 782 contos.

Administração dos Portos do Douro e Leixões Subiram para 57 723 contos as receitas ordinárias dos portos do Douro e Leixões. Nelas se inclui o saldo da gerência do ano anterior, ou 3838 contos. A sua origem foi como segue:

(ver tabela na imagem)

A causa da subida da receita reside na melhoria apreciável da que proveio da exploração, mais 3273 contos, e no aumento dos impostos, que atingiram 31 688 contos, contra 26 110 em 1956.

A despesa ordinária elevou-se a 54 349 contos. Há que considerar, porém, que inclui 17 892 contos do fundo de melhoramentos, do fundo de seguros e aquisições de utilização permanente.

O déficit seria, assim, da ordem dos 14 579 contos, que se obtém pelo saldo da receita da exploração, ou l 878 contos, e despesa paga, ou 36 457 contos.

O equilíbrio obtém-se, pois, pela cobrança de um imposto especial.

A despesa assume a forma que segue:

Contos

Fundo de melhoramentos .. 15 629

17 892 Vale a pena discriminar os impostos. Os mais importantes são os de cais e os do comércio marítimo.