Do empréstimo representado por obrigações restam apenas 240 contos. O Estado e o fundo de seguros são, pode dizer-se, os únicos credores do porto.

Os encargos de juros limitaram-se a 378 contos, e, destes, 350 contos referem-se ainda a obrigacionistas. Como os empréstimos do Estado não vencem juros, ficará apenas o encargo do fundo de seguros, que em 1957 se limitou a 28 contos. O tráfego dos portos melhorou sensivelmente em 1957, atingindo l 520 907 t em Leixões, sendo 663 979 t carregadas e 856 928 t descarregadas. Representa um avanço sensível sobre o ano de 1956. No porto do Douro houve ligeira descida.

A seguir indica-se o movimento dos dois portos.

Contos

Porto de Leixões .......... l 520 903

O porto de Leixões, no conjunto dos dois portos, atende ao movimento com o ultramar e estrangeiro, mas no do Douro o tráfego é quase todo nacional.

Assim, es números que seguem dão o movimento dos dois portos, carga e descarga, com o estrangeiro e ultramar.

Contos

Total .... 1 553 678

Comparando as cifras nos dois quadros, vê-se a influência da carga, do estrangeiro e ultramar, nos dois portos. Deve atender-se a que o ultramar exerce a sua influência através de ramas de açúcar, algodão e oleaginosas.

Nas mercadorias provenientes do estrangeiro e ultramar desembarcadas no porto de Leixões têm relevo especial os combustíveis líquidos e sólidos (256 459 t). Descarregaram-se 134 428 t de carvão.

Além destas, há, de interesse, o açúcar (52 633 t), o algodão (52 265 t), o bacalhau (24 044 t), o ferro e aço em bruto (39 303 t) e o trigo.

Também as madeiras em bruto e a pasta de madeira para papel ocupam um lugar importante. A última sobe a 21 414 t.

Na cabotagem, o porto de Leixões é largamente suplantado pelo do Douro. Descarregaram-se apenas 10 086 t, e, destas, quase tudo se refere a combustíveis líquidos.

Quanto às mercadorias carregadas, ocupam lugar dominante os minérios de ferro de Moncorvo (170 076 t), os vinhos comuns (77 2731), os tacos de pinho (66 913 t), a madeira para caixas (76 802 t), a sardinha em conserva (22 195 t), o vinho do Porto (16 742 t) e a pasta para papel (43 812 t).

O porto do Douro tem um tráfego de cabotagem bastante intenso.

A carga total do estrangeiro e do ultramar atingiu 179 982 t e a de cabotagem 176 466 t.

Para o estrangeiro e ultramar carregaram-se apenas 57 052 t. Predominam o ferro ou aço em sucata (60761), as pedras de granito (5872 t), a lousa (5958 t), a resina (5941 t), a pasta de madeira e de papel (4949 t), os paralelepípedos (35621) e, finalmente, o vinho do Porto (14 352 t).

Na cabotagem, o carvão (91 038 t) é a principal e quase única mercadoria. Provém das minas do Pejão.

Nas mercadorias descarregadas do estrangeiro e do ultramar no porto do Douro ocupam posição saliente o ferro e aço em arame, barra ou chapa (58 870 t) e os produtos químicos (11 668 t) e, na cabotagem, o cimento (70 945 t), o sal (10 529 t), o enxofre (2306 t) e pouco mais. As receitas e despesas dos organismos corporativos e de previdência, directa ou indirectamente relacionados com os serviços deste departamento público, aproximam-se já de 2 milhões de contos. Esta cifra dá ideia da importância financeira e das possibilidades no futuro em matéria de investimentos da organização.

As despesas do Ministério aumentaram em cerca de 6 444 contos e atingiram 34 409 contos em 1957.

Ao examinar as contas das diversas dependências notam-se pequenas variações quando se comparam as suas despesas com as do ano anterior. As únicas que merecem referência são as que dizem respeito aos tribunais do trabalho, com o maior dispêndio de 259 contos, e as relativas à Direcção-Geral do Trabalho e Corporações, com o aumento de 428 contos.

Mas no Gabinete do Ministro inscreveu-se pela primeira vez a quantia de 4500 contos, relativa à contribuição do Tesouro para o Fundo de Formação Social e Corporativo, em obediência u base XXVI da Lei n.º 2085, de Agosto de 1956.

Assim, a rubrica e Pagamento de serviços e diversos encargos somou 4 723 contos em 1957, dos quais 4500 representam as contribuições mencionadas.

A seguir discriminam-se as despesas do Ministério nos dois últimos anos, por departamentos.

(ver tabela na imagem)