acréscimo de despesas ordinárias nas províncias ultramarinas arredonda-se em 392 000 contos.

Temos de considerar neste aumento a influência dos serviços autónomos, tal como no caso das receitas ordinárias. No mapa a seguir inscrevem-se as despesas ordinárias de todas as província ultramarinas e da metrópole e incluem-se alguns anos depois de 1938, de modo a poder ter-se ideia do seu progresso:

(Em milhares de contos)

Em valores absolutos as despesas mais salientes (4 277 000 contos) são as de Angola e Moçambique, que, somadas, representam cerca de 88 por cento do total. O aumento das despesas torna-se mais expressivo quando se comparam os índices com base no período anterior à guerra, como se fez no caso das receitas.

No quadro que se publica a seguir inscrevem-se os Índices na base de 1938 igual a 100:

Vê-se que Cabo Verde quase não actualizou as despesas, dado que o índice dos preços por grosso referido a 1927 era superior a 300 e a diferença para 1938 não é muito sensível. Mas a média em todas as outras províncias é bastante superior. Considerando o conjunto dos territórios do ultramar, o índice é superior a 800.

Os três casos extremos são os de Moçambique, Angola e Timor, com Índice acima de 700 os dois primeiros. Mas Timor deve ser a província onde se deu maior aumento relativo, se forem consideradas despesas afins, porquanto Moçambique e Angola foram afectadas pelo grande desenvolvimento dos serviços autónomos, como se mostrará mais adiante.

Distribuição das despesas ordinárias Nas despesas ordinárias sobressaem os serviços de fomento, com mais de 50 por cento, quando, em 1938, a percentagem que lhes cabia não alcançava 18. As despesas dos serviços autónomos sito contabilizadas nos Serviços de fomento.

As despesas e as percentagens de cada classe, assim como as de 1938, constam do quadro seguinte.

A administração geral, os serviços de fomento e os encargos gerais são as rubricas de maiores despesas. Somadas, perfazem cerca de 82,5 por cento, ou perto de 4 milhões de contos (3 997 800 contos).