O deficit do comércio externo atingiu, assim, o valor de 127 600 contos.

Quer dizer: o deficit foi de cinco vezes o valor da exportação, e quase tão volumoso como a soma das importações.

As matérias-primas ocupam um grande lugar devido à importação e exportação de combustíveis. De entre as importações destacam-se as madeiras, a gasolina, o petróleo e o cimento. Nas substâncias alimentícias há de relevo os vinhos (2362 contos), o arroz (2736 contos), a farinha de trigo (5111 contos) e o milho em grão (4840 contos), além do açúcar (6421 contos). A importação de matérias-primas, excluindo o óleo mas incluindo o carvão, foi de 64 497 contos.

Os tecidos ocupam um lugar primacial, com a importação de 17 668 contos.

As exportações são muito baixas, até para as possibilidades da província. Em 1956 e 1957 as principais foram, em contos:

Designação ....

Peixe ....

Café ....

Purgueira ....

Água para a navegação ....

Total ....

Parece ser possível desenvolver muito a pesca e talvez o café. A produção de frutas, principalmente bananas, está em progresso, e com a existência de melhores comunicações há-de ser possível aumentar a sua venda, assim como a de frescos para a navegação. É curioso notar a cifra relativa à água que abastece a navegação.

Balança de pagamentos Medindo a balança de pagamentos pela diferença de entradas e saídas de cambiais, obtém-se um saldo positivo. Com efeito, os apuramentos no banco emissor dão o resultado seguinte:

Contos

Entradas de cambiais ....

Saídas de cambiais .....

Saldo ....

Destacam-se os escudos metropolitanos, com 81 449 contos nas entradas e 67 879 contos nas saídas. Outras moedas de interesse nas entradas de cambiais são: libras inglesas (12 696 contos) e dólares dos E. U. A. (11 753 contos). Nas saídas há, de maior importância: libras inglesas (8073 contos) e dólares dos E. U. A. (3502 contos).

O que falta para perfazer os totais apontados é constituído por grande número de moedas, originadas na sua maior parte na navegação.

As relações cambiais com a metrópole e estrangeiro podem resumir-se no quadro a seguir, em contos:

Designação ....

Saídas ....

Saldos positivos .... As receitas totais contabilizadas somaram 124 501 contos, assim divididas:

Designação ....

Receitas ordinárias ....

Receitas extraordinárias ....

Total ....

Nas receitas corrigidas subtraíram-se às receitas extraordinárias 32 184 contos, não utilizados no exercício de 1957, provenientes de empréstimos (31 000 contos) e de saldos (1184 contos). Deveriam ter sido depositados em operações de tesouraria, como nas outras províncias.

Um primeiro comentário às receitas é o da sua insuficiência. Deve, além disso, notar-se que no caso das extraordinárias elas provêm de empréstimos ou de subsídios da metrópole que, algumas vezes, não oneram com juros nem amortizações o orçamento da província. As receitas ordinárias melhoraram de cerca de 2631 contos, como se nota a seguir:

Contos

Aumento ....

A melhoria teve lugar em quase todos os capítulos orçamentais, embora por pequenas importâncias, com excepção do domínio privado e participações de lucros.

Os três grandes capítulos de receitas ordinárias são as consignações de receitas, os impostos indirectos e os directos, como se nota no quadro seguinte:

Designação ....

Taxas ....

Domínio privado e participação de lucros ....

Rendimentos de capitais ....

Reembolsos e reposições ....

Consignações de receitas....

Total ....

As diferenças para mais, em relação a 1956, verificaram-se nos impostos directos (mais 947 contos), nos impostos indirectos (mais 1360 contos), nas indústrias em regime especial (mais 123 contos), nos reembolsos e reposições (mais 574 contos) e, finalmente, nas consignações de receitas (mais 6727 contos). A baixa acentuou-se nas taxas (menos 1147 contos) e no domínio