Como é conhecido, o comércio externo da Guiné vive essencialmente da exportação de mancarra e, em muito menor escala, da do coconote. Falhas de produção nestes dois produtos ocasionam crises, às vezes sérias, que influem consideràvelmente na economia da província.
As culturas mais importantes são as do arroz, da mancarra, do milho preto e do sorgo. A primeira forma a base da alimentação indígena e a segunda a base do comércio externo na exportação. Tanto uma como outra cultura ainda têm rendimentos ba ixos, de modo que um dos instantes problemas da província é o da melhoria dos rendimentos.
Parece ser possível aumentar a gama das culturas e fazem-se esforços actualmente no sentido de alargar as áreas cultivadas e introduzir novas produções, como a do algodão, e intensificar outras, como a da borracha e gergelim.
Há grande necessidade, até de ordem política, de melhorar as condições económicas da Guiné. Acontecimentos recentes fazem prever dificuldades também de natureza política que conviria reduzir ao mínimo.
Comércio externo
(Ver tabela na imagem)
As importações aumentaram de 9846 contos e as exportações diminuíram de 16 396 contos. Houve, assim, um agravamento no desequilíbrio.
Não tem sido possível obter elementos seguros sobre a estatística da província. Ainda em 1957 foi necessário corrigir os números. Há vantagens de toda a ordem em resolver este problema, que é fácil e precisa de ser visto com urgência.
A posição da Guiné, no que respeita a comércio externo, com os números fornecidos pela Direcção-Geral da Fazenda, é a seguinte:
(Ver tabela na imagem)
Na importação predominam os fios, tecidos e respectivas obras, com 66 785 contos, seguidos por manufacturas diversas, com a importação de 32 832 contos. A província importou cerca de 22 544 contos de substâncias alimentícias. A base da sua alimentação é o arroz, que consome quase integralmente.
Não parece fácil reduzir a importação. Tudo indica que a tendência é para o seu aumento.
Quanto à exportação, há possibilidades de grandes progressos.
(Ver tabela na imagem)
(a) Inclui 11 324 t do amendoim descascado, o que eleva a exportação para 42 016 t.
O total das exportações foi de 186 812 contos. Cerca de 90 por cento da exportação é formada por mancarra e coconote.