Este facto implica uma grande e perigosa vulnerabilidade nas exportações.

Dos 186 812 contos exportados, a metrópole absorveu 181 500, o maior valor registado até hoje.

Para mercados externos embarcaram-se apenas 4288 contos. A França, a Holanda e a Alemanha foram os principais mercados, mas sempre em pequenas quantidades.

A metrópole também figura em primeiro lugar nas importações, mas apenas com 64 por cento de mercadorias.

As restantes provieram da Alemanha e Reino Unido. Estes países exportam muito mais do que importam.

Conviria fazer tentativas no sentido de alargar os mercados consumidores de produtos da Guiné, em especial da mancarra.

Balança de pagamentos Apesar do desnível na balança do comércio, a balança de pagamentos fechou com saldo positivo, como se nota:

Contos

Entrada de cambiais .......... 145 389

Saída de cambiais ............ 141 049

O saldo que transitou de 1956 foi de 18 993 contos. O saldo para 1958 é, assim, de 23 333 contos, que estão cativos de transferências autorizadas (6648 contos) e da importância para o fundo de reserva (5408 contos).

Os invisíveis devidos ao comércio com países vizinhos suo a causa do equilíbrio da balança de pagamentos.

Podem discriminar-se os pagamentos feitos por couta de cambiais autorizados do modo seguinte:

Para pagamento de importações estrangeiras ........... 22 025

Para cobertura de mesadas a funcionários e particulares ... 5 067

Idem a funcionários e particulares por transferencias autorizadas por motivo de saída da província .................. 12 968

Nos cambiais entrados de países estrangeiros, as cifras mais importantes referem-se à Rodésia (6100 contos), Inglaterra (4387 contos) e Alemanha (3441 contos). Ao todo somaram 22 024 contos. Podem exprimir-se as receitas totais da Guiné nos dois últimos anos nos números que seguem:

(Ver tabela na imagem)

Houve um aumento de receitas, que se verificou nas ordinárias e nos empréstimos, mais nas primeiras do que nos segundos.

Já em 1956 a cobrança de receitas ordinárias havia excedido largamente as de anos anteriores. Parece não ter havido dificuldades, e adiante se verá onde se deram as maiores valias.

No caso das despesas extraordinárias, a província utilizou empréstimos com maior volume, visto ter havido um aumento de 8661 contos.

As despesas foram as que seguem:

(Ver tabela na imagem)

Também houve aumento nas despesas totais, que proveio quase todo do reforço das despesas ordinárias.

O excesso de receitas sobre as despesas ordinárias foi de 6518 contos. A soma das receitas ordinárias atingiu o mais alto valor em 1957, com a importância de 127 131 contos, mais 17 754 contos do que em 1956, excluindo neste ano a quantia de 612 contos contabilizada em receita ordinária.

Todos os capítulos concorreram para a maior valia, mas destacam-se o das consignações de receitas e o das indústrias em regime especial.

Deve notar-se que no primeiro caso influiu muito a receita dos serviços autónomos, principalmente as do porto de Bissau, que são contabilizadas naquele capítulo. No entanto, os impostos directos e indirectos acusam sensível acréscimo.

As previsões para as receitas ordinárias haviam sido de 105 179 contos.

A seguir mostra-se, para certo número de anos, a influência de cada capítulo das receitas no conjunto.