Vê-se que o aumento de 7709 contos ocorreu quase todo no porto de Bissau (mais 7573 contos). Uma diminuição de 815 coutos pode , surpreender porque se refere a obras públicas.

No resto, as verbas mantiveram-se na sua quase totalidade em nível ligeiramente superior ao de 1956.

A descida na despesa dos obras publicas deu-se essencialmente em obras novas, que consumiram 1940 contos, contra 2657 contos em 1956. Houve também decréscimo nas despesas de conservação de edifícios.

Outras verbas com alguma projecção, embora pequena, são as dos serviços agrícolas e florestais e aviação.

Correios, telégrafos e telefones A receita destes serviços, igual à sua despesa, foi de 9171 contos e teve a origem seguinte:

Receita própria ........... 3 001

Subsídio do Estado .........1 900

Consignações de receitas ......56

Houve dois subsídios do Estado, que somaram 2700 contos. Um deles foi concedido a título extraordinário. A despesa subdivide-se como segue:

Despesa extraordinária ... l 741

Examinando a conta de exploração, nota-se um déficit volumoso. As receitas próprias em 1957 subiram a 3001 contos, e só as despesas de pessoal atingiram 3373 contos.

Todas as receitas são pequenas: valores selados, 979 contos; telégrafo, 924 contos; receitas postais, 454 contos; radioeléctricas, 288 contos. As receitas consignadas são diminutas.

As contas apresentam o saldo de 2532 contos, incluindo o que transitou de 1956, ou 3419 contos. Os subsídios do Estado foram, porém, menores. A receita total do porto de Bissau, incluindo a extraordinária, proveniente de saldos de anos económicos findos, elevou-se a 9270 contos.

A conta da administração do porto teve a forma seguinte:

Receita própria:

Percentagens em participações em receitas.. 65

Orçamento suplementar:

Saldo positivo do exercício ......l 644

(a) Construção do armazéns e telheiro, com pagamento de expropriações.

Além das verbas mencionadas, utilizaram-se outras pelo orçamento do Plano de Fomento, na conclusão da ponte-cais e apetrechamento.

As dotações para este efeito, de 1953 a 1957, elevaram-se a 20 000 contos, tendo sido gastos 19 792 contos até ao fim do ano económico de 1957.

As receitas próprias consistem em diversas taxas. As que produziram maior receita foram a taxa do porto (1544 contos) o a de importação (1233 contos).

As restantes - de condução, tráfego fluvial, selagem, ocupação, bagagem, entrada no cais, acostagem e outras - produziram menores receitas.

No capítulo das despesas ocupam posição dominante o pessoal (1322 contos) e o material (1288 contos) .

A despesa extraordinária inclui a construção de armazéns e telheiros, que importaram em 4395 contos. Foi ligeiramente inferior à de 1956 a despesa de 1957, que somou 10 131 contos, repartidos como segue:

A maior valia verificada em pessoal foi coberta por economias nos diversos encargos, que desceram de 3652 contos em 1956 para 1814 contos em 1957. O Fundo da defesa subiu, contudo, de 975 contos em 1956 para 1166 contos em 1957.

Em material, as obras novas tiveram despesa menor, mas a aquisição de móveis subiu de 640 contos para 790 contos.