Dois factores concorreram para a melhoria da situação económica de 8. Tomé e Príncipe no ano de 1957, ambos relacionados com a produção e exportação de cacau, que é o principal esteio da economia da província.

A produção de cacau em 1957 subiu cara 9600. t, que se comparam com 7577 t em 1956 (mais 2023 t).

Por outro lado, o valor médio da tonelada exportada foi maior - 13,7 contos em 1956 contra 15,2 contos 1957.

Estes dois factores permitiram um aumento sensível no valor do cacau exportado, que atingiu 160 452 contos, mais 38 427 contos do que em 1956.

Assim, a maior exportação, de 1695 t, e o maior valor unitário na exportação produziram um saldo na balança do comércio de 78 468 contos, que é o maior desde 1954.

Este saldo foi obtido a despeito de reduções apreciáveis em outras exportações - a do coconote e ainda a do café Libéria.

A vida de 8. Tomé continua ligada à produção de cacau. Dificuldades na exportação ou reduções apreciáveis na pr odução têm reflexos desagradáveis na actividade da província.

Há, pois, razões, que os próprios anos de relativo desafogo justificam, em tomar medidas no sentido de defender esta cultura. Parece não se terem ainda efectivado algumas das medidas em estudo há muitos anos e aqui mencionadas, como a de uma eficiente estação experimental. Como é conhecido, as produções unitárias são modestas, e, se não forem modificadas as actuais condições do solo e das plantas, há-de, certamente, piorar a actual situação, em detrimento de todos.

Comércio externo As importações na província mantiveram-se no nível do ano anterior.

Somaram 131 081 contos, menos 1400 contos do que em 1956. Este facto deve-se a restrições orientadas no sentido de não exagerar os consumos. Como as exportações subiram muito - mais 36 572 contos -, a balança fechou com o saldo de 78 468 contos, mais 37 972 contos. Como se vê, o saldo quase corresponde à maior valia das exportações.

A evolução do comércio externo ressalta dos números seguintes:

A província importa grandes quantidades de substâncias alimentícias e tecidos, além de materiais de construção.

Assim, em 1957, a importação de substâncias alimentícias atingiu 56 129 contos, cerca de 42,8 por cento do total. As manufacturas diversas representam uma parcela de 25 118 contos na importação, logo seguidas pela dos tecidos, com 18 532 contos. As matérias-primas, que constituem na metrópole e em outras províncias um dos principais valores do comércio externo, não têm em 8. Tomé grande influência, a não ser no caso da exportação, e ainda assim muito aquém das substâncias alimentícias.

Entre as importações destacam-se: o arroz (9724 contos), os vinhos (7508 contos), o peixe seco (7305 contos) e farinhas, nas substâncias alimentícias; os aparelhos e instrumentos diversos (8103 contos) e os tecidos de algodão em peça e em obra (11 681 contos).

Não parece possível reduzir a importação. Pelo contrário, melhorias na produção das ilhas terão reflexos no s consumos e, indirectamente, no volume do comércio externo. Na exportação há a salientar o cacau, com 160 452 contos. Outras exportações têm muito menos relevo. As principais são: .

Parece haver grandes esperanças sobre a produção de café, cuja qualidade parece ser muito boa, mas as