exportações estão aquém das expectativas, visto não terem atingido 12 000 contos e serem ultrapassadas facilmente pela copra e pelo coconote nalguns anos.

Os produtos acima mencionados somam, em valor, cerca de 207 000 contos, num total de exportação da ordem dos 209 500 contos, números redondos. Deles depende, pois, a vida económica da província - a sua balança de pagamentos. Em contrário do que acontece com outras províncias, p comércio com o estrangeiro é bastante grande, principalmente no caso das exportações. Em 1957, mercados externos absorveram 159 593 contos. Assim, o saldo da importação-exportação para o estrangeiro foi da ordem dos 121 004 contos, o que é notável. Esse saldo havia sido de 86 588 contos em 1956.

No quadro a seguir dá-se a repartição geográfica do comércio externo:

É de notar que uma parte muito apreciável das importações provém de outras províncias ultramarinas.

Quase tudo se refere a substâncias alimentícias. Os tecidos vêm da metrópole. Quanto às exportações, a Holanda, com 103 259 contos, é a principal compradora (49,3 por cento). A seguir, embora muito distanciadas, vêm a Alemanha (19 975 contos), a Inglaterra e outros.

A metrópole importou 49 462 contos, ou 23,6 por cento do total.

Devido ao cacau, a província de S. Tomé e Príncipe é aquela que na relatividade dos números apresenta maior saldo com países estrangeiros. O resultado positivo do exercício de 1957 foi de 9678 contos. O facto até certo ponto paradoxal é o da diminuição das receitas ordinárias. Embora fosse pequeno o decréscimo - 1509 contos -, é certo que os rendimentos aumentaram muito. O exame das exportações mostra acréscimo muito pronunciado, e ainda ficaram por exportar cerca de 2270 t de colheitas anteriores.

Em 1957 não só aumentou em cerca de catorze unidades o valor dos produtos exportados, como diminuiu em nove unidades o das mercadorias importados. Quer isto dizer que os rendimentos deveriam ter aumentado bastante.

Ora as receitas ordinárias diminuíram em 1957 em relação a 1956. Excesso de imposto neste ano?

Este problema precisa de ser revisto, de modo a evitar que no futuro se repitam decréscimos de receitas ordinárias em períodos de maiores rendimentos. As receitas totais podem discriminar-se do modo que segue:

Nas receitas extraordinárias incluem-se 6682 contos de empréstimos, 675 contos de imposto de sobrevalorizações e 18 017 contos de saldos de anos económicos findos. Foram bastante inferiores às de 1956 em todas as rubricas acima mencionadas. Já se notou a diminuição das receitas ordinárias, que somaram 51 160 contos.

Aliás, o lento decréscimo destas receitas iniciou-se há bastantes anos.

Em 1954 elas subiram a 59 111 contos.

A diferença para menos, desde então, é de perto de 8000 contos.

A seguir indicam-se as receitas ordinárias e os números-índices na base de 1938 igual a 100:

A descida das receitas ordinárias é de molde a causar alarmes. Se ela é devida à baixa produtividade das culturas, há que tomar medidas no sentido de melhorar a situação actual das mesmas, se não for possível desenvolver outras fontes de rendimento..

Discriminação das receitas ordinárias A soma dos impostos directos e indirectos é de 56 por cento das receitas totais. Dos outros capítulos, as consignações de receitas representam 18 por cento.

Adiante se publica a quota-parte de cada capítulo das receitas no seu conjunto.