que ocupa o terceiro lugar nas importações, com 374 000 contos, compra à província 276 000 contos.

Os Estados Unidos adquiriram em 1957 café no valor de. 828 000 contos e a Holanda 290 000 contos. Foram os dois maiores clientes de café.

A Alemanha importou 109 300 contos de farinha de peixe e o Reino Unido comprou 427 000 contos de diamantes.

A província de Angola tem um saldo de dólares bastante apreciável.

Balança de pagamentos Não são fáceis as condições actuais do Fundo Cambial. Este facto deu lugar a dificuldades sérias nas transferências para a metrópole.

Considerando o ano de 1957, a situação do Fundo Cambial pode exprimir-se pelos números seguintes:

Em fins de 1957 o montante dos justificativos para concessão de transferências atingia um excesso de responsabilidades da ordem dos 2 378 000 contos. Em 1957 o total de cambiais adquiridos foi de 3 034 308 contos e os cambiais vendidos subiram a 3 181 008 contos, deixando uma menor valia de 146 700 coutos.

Os cambiais vendidos destinaram-se a:

Rendimentos (juros, lucros, etc.) . . . 223 667

Fretes, seguros, passagens e outras . . 53 996

Encargos de funcionários públicos ...... 63 283

Os cambiais tiveram a origem seguinte:

Os maiores saldos de cambiais dizem respeito a francos belgas (126 667 contos), florins (45 198 contos), marcos finlandeses (21 431 contos), dólares americanos (17495 contos) e dólares canadianos (2984 contos).

O Congo Belga e a Alemanha apresentam, respectivamente, os deficits de 391 676 e 12 008 contos. Os números acima transcritos definem a posição delicada do fundo cambial, devida em parte ao deficit da balança comercial e em parte a excessos em transferências para pagamento de encargos particulares, do Estado e de funcionários públicos.

Embora seja possível reduzir esses encargos, as condições da província necessitam de investimentos maciços para desenvolvimento económico e impõem cuidados nas restrições de transferências, a fim de evitar desconfianças no investimento.

Aumentar na medida do possível as exportações e reduzir consumos supérfluos ou sumptuários é a política que melhor se adapta às actuais condições. Embora não seja fácil segui-la, convém fazer um esforço nesse sentido. Atingiram 2 530 076 contos as receitas totais da província. Este número não pode ser comparado com o de 1956, por este englobar a conta de saldos de anos económicos findos e créditos revalidados.

As receitas ordinárias subiram de l 680 853 contos para l 754 894 contos.

As extraordinárias foram 775 182 contos.

É de notar que a receita ordinária, efectivamente cobrada, em 1956, foi de l 662 938 contos, e é esta que deve ser comparada com a mencionada acima para 1957.

Há ainda a notar a influência dos serviços autónomos nas receitas e despesas ordinárias, que se elevaram a 396 762 contos. São serviços com autonomia financeira, que vivem das suas próprias actividades. Os mais importantes são os portos, caminhos de ferro e transportes, com a receita e despesa de 212 284 contos. Outros de menor volume são os correios, telégrafos e telefones (109 416 contos), serviços, de luz e água de Luanda (57 313 contos), Imprensa Nacional (11 083 contos) e vapor 28 de Maio (6666 contos). Tomando em atenção estes valores e subtraindo-os das receitas ordinárias, estas, para efeitos de comparação com as de outras províncias e da metrópole, reduzir-se-iam para 1358132 contos. O aumento de receitas ordinárias em relação a 1956 foi pequeno (91956 contos). Embora se dessem melhorias apreciáveis nalguns capítulos, a diminuição nos impostos directos e o pequeno aumento nos indirectos, que têm grande influência nas contas, reduziram o acréscimo de receitas. Há-de ver-se adiante que a maior valia mais substancial ocorreu nas consignações de receitas, e para isso contribuíram os serviços autónomos. Este facto ainda reduz muito o significado do já pequeno progresso na receita ordinária.

Assim, o saldo de contas diminuiu para 282 265 contos, que se pode comparar a 544 871 contos em 1956.

Receitas orçamentadas e cobradas A evolução das receitas orçamentadas em relação às cobranças consta do quadro a seguir: