É de estranhar a diminuição de despesa no fomento agrícola e em estudos agrológicos e outros. Contudo, deve acrescentar-se que o Fundo de Fomento de Angola contém a despesa de 23 567 contos para fomento agrícola, florestal e mineiro. Em 1956, a despesa para o mesmo efeito fora de 33 642 contos. Estes serviços, que têm, se bem orientados, uma alta missão a cumprir em Angola, aumentaram a sua despesa de 11 990 coutos para 15 502 contos em 1957.

O acréscimo ocorreu na verba de pessoal, que passou de 7552 contos para 10 213, como se verifica no quadro que segue:

(Ver tabela na imagem)

Serviços florestais Também nestes serviços houve um aumento, que se cifra em 734 contos. Dadas os devastações tradicionais do indígena, conviria acentuar a influência deste organismo na economia da província.

A sua despesa é pequena em relação às necessidades. Foi de 11 208 contos, e, destes, pertencem a 3973 contos, como se lê a seguir:

(Ver tabela na imagem)

Há duas verbas que mereciam ser melhoradas: a que se refere a arborização e conservação de povoamentos e a que respeita a correcção torrencial (erosão). Parece que a província tem óptimas aptidões florestais. E possível fundar na província uma indústria rendosa de madeiras e seus derivados, como celulose e outros. A falta de madeiras no mundo e o constante desenvolvimento de indústrias que as aplicam dá à exploração florestal probabilidades de grandes desenvolvimentos no futuro.

Geologia e minas A descoberta e começo de exploração de alguns jazigos de interesse, como os de ferro e outros, pode ser o início de uma época de desenvolvimento mineiro,

com repercussões no futuro da balança de pagamentos da província.

As despesas destes serviços são modestas, pois não passaram de 6288 contos, mais 1469 contos do que em 1956.

Uma parte do aumento, como noutros casos, deu-se no pessoal, mas reforçou-se o serviço da carta geológica, o que foi um bem.

A despesa discrimina-se como segue:

(Ver tabela na imagem)

Insiste-se na intensificação da pesquisa de águas. A verba foi reforçada em 1957 e pode sê-lo ainda mais, dada a importância do problema. A despesa ordinária das obras públicas contém estradas e pontes, edifícios, obras hidráulicas e outras e manteve-se no nível do ano passado, com o aumento de cerca de 2000 contos. A verba total foi de 135 474 contos. ...

E verdade que, por força de despesas extraordinárias, se financiam certas obras, como o plano rodoviário e outras, o que eleva o gasto total em obras públicas para cifra muito superior à que se inclui no quadro a seguir:

(Ver tabela na imagem) As verbas mais importantes referem-se à construção e conservação de edifícios.

Na construção, a despesa elevou-se a 42 654 contos, menos cerca de 9700 contos do que em 1956. Na conservação há a considerar o dispêndio de 47 011 contos, grande parte em edifícios.

Não é para admirar a alta dotação destinada a construção.

A questão que pode pôr-se neste aspecto, tal como na metrópole, .refere-se à qualidade da construção e