Há a considerar nesta rubrica uma grande variedade de despesas, e não é possível enumerá-las todas neste relatório. Apenas se consideram algumas mais importantes, que constam do mapa seguinte:

contos

Casas económicas ....................... 2 900

As despesas com viaturas e combustíveis são das mais avultadas, o que não é de surpreender, dadas as distâncias e as dificuldades de comunicações.

Outras de interesse dizem respeito a assistência social e a indígenas. Algumas poderiam ser incluídos nos serviços de saúde e higiene, que tenderão de futuro a abraçar também os serviços sociais.

A última é a verba atribuída aos orçamentos distritais. A principal fonte de financiamento de obras extraordinárias, como as incluídas no Plano de Fomento e outras, provém do fundo de saldos de anos

económicos, quer originado no orçamento da província, quer no do Fundo de Fomento de Angola.

Grande parte das despesas extraordinárias em 1957 foram pagas por força de saldos de anos económicos findos. Num total de despesas extraordinárias de 766 956 contos, 504 409 contos foram financiados por saldos. E se forem adicionados 62 632 contos provenientes de receitas ordinárias, a soma sobe para 567 041 contos, que são, em súmula, receitas ordinárias do ano ou de exercícios anteriores. O recurso ao empréstimo foi de apenas 36 851 contos.

Ora os saldos disponíveis para utilização futura reduzem-se a poucas centenas de milhares de contos, como se verificará adiante. Assim, o recurso ao empréstimo, no futuro, para obras extraordinárias será muito maior. Esta verificação conduz à necessidade de seleccionar obras altamente reprodutivas para emprego de investimentos com origem em empréstimos.

Felizmente que os encargos da dívida não são ainda grandes, mercê da baixa taxa de juro de alguns dos empréstimos, como o que é devido ao Tesouro da meextraordinárias desde 1938:

A evolução das receitas extraordinárias De um modo geral, deve dizer-se que o recurso ao empréstimo desde o início da guerra tem sido pequeno. Outras receitas têm financiado as obras de fomento económico, social e político da província.

No quadro a seguir dá-se o movimento das receitas extraordinárias desde 1938:

(Em contos)

(Ver tabela na imagem)

Os números de 1956 devem ser corrigidos, como nas outras províncias, por compreenderem a conta de encerramento do fundo de saldos económicos findos (292 318 contos) e os créditos revalidados que foram levados à conta de operações de' tesouraria.

O quadro mostra que o recurso a empréstimos ultrapassou 100 000 contos em 1950, e de então para cá, compreendendo o período decorrido do Plano de Fomento, a soma dos empréstimos não atingiu 200 000 contos, o que é certamente pouco para a obra realizada e mostra a vitalidade da província e a força dos recursos acumulados durante este período.

Receitas extraordinárias em 1957 As receitas extraordinárias em 1957 subiram a 775 182 contos, e já se viu que apenas em 36 851 contos provieram de empréstimos. As restantes tiveram a origem seguinte:

contos

Receitas próprias do Fundo de Fomento

para despesas com o Plano ...................... 13 000

Nota-se a importância do recurso a saldos de anos económicos findos no conjunto das receitas extraordinárias. Representaram cerca de 65 por cento do total, enquanto que os empréstimos não atingem 5 por cento.