No caso da tonelada exportada, o índice na mesma base diminuiu de 182 para 180. Estes factos não concorreram para melhoria do déficit.

A seguir publicam-se os índices dos valores unitários na base de 1940 igual a 100: Um exame das importações nos dois últimos anos mostra que as máquinas, embarcações e veículos e as manufacturas diversas somaram em 1957 cerca de 50 por cento do total. Das restantes importações, as matérias-primas, com 18,2 por cento, vêm a seguir. Mas as substâncias alimentícias também concorrem com cerca de 15 por cento.

A influência das máquinas e manufacturas diversas ainda se acentuou em 1957.

Uma comparação dos dois últimos anos dá ideia da composição das importações:

O agravamento em 1957 proveio de maiores importações nas matérias-primas (mais 48000 contos), nas substâncias alimentícias (anais 67 000 contos), nas máquinas e veículos (mais 126000 contos) e nas manufacturas diversas (mais 20000 contos). O maior aumento deu-se, pois, nas máquinas e veículos.

As importações nos últimos anos foram:

Nota-se um progresso gradual. O de 1957 em relação a 1956 é já bastante mais que o dobro do de 1953 em relação a 1952.

Nos cinco últimos anos, o acréscimo já é de cerca de 814 000 contos.

Principais importações Nas importações de 1957 pesaram, como se viu acima, as máquinas e veículos. Nesta classe de importações sobressaíram o material ferroviário (com 165 300 contos, muito mais do que em 1956), e os automóveis (com 209200 contos).

A seguir indicam-se as principais importações:

Nota-se decréscimo nos tecidos de algodão, como já se notara em 1956, e aumento nos automóveis, máquinas, material ferroviário, ferro em bruto e em obra, óleos minerais e outros. O desenvolvimento da importação foi em parte requerido por necessidades do progresso económico, traduzido em mais máquinas e mais combustível.

O exame do quadro mostra a dificuldade de reduzir as importações, o que, actualmente, só é possível em poucos dos produtos mencionados. Talvez se possa reduzir nas importações sumptuárias, quase todas incluídas no grupo de valores inferiores a 40 000 contos.

Origem das importações A balança de pagamentos de Moçambique é uma valiosa componente da balança de pagamentos da zona escudo. A origem das suas importações tem, pois, muita importância. Cerca de 66 por cento das importações de Moçambique têm origem no estrangeiro.

A diferença, ou 34 por cento, vem de territórios nacionais, sobretudo da metrópole, como se mostra a seguir:

Os números para 1956 foram, respectivamente, de 69 e 31. Houve uma ligeira melhoria, que, aliás, se não traduziu nos valores absolutos, visto a importação do estrangeiro ter subido de 1 864 000 contos para 1 982 000 contos. O recurso à importação de territórios nacionais melhorará a balança de pagamentos da zona escudo. Pode dizer-se que o ano de 1957 foi de maior actividade em matéria de exportações, que subiram 357 000 contos em relação a 1956.