Sem poder afirmar-se ser notável a melhoria, ela contrasta com a descida iniciada em 1954, como se nota no quadro a seguir:

A exportação total da província atingiu 647 350 t, com um valor unitário de 2.892$.

A província exporta essencialmente matérias-primas. Em 1957, atingiu um máximo nesta classe de mercadorias, com o valor de 1 251 600 contos, correspondente a 61,7 por cento da exportação. Na exportação, vêm a seguir as substâncias alimentícias, com 576 700 contos, ou 28,5 por cento. O açúcar ocupa posição dominante.

A seguir indica-se a exportação de Moçambique em 1956 e 1957, por classes aduaneiras, em milhares de contos:

As duas grandes rubricas aduaneiras das matérias-primas e substâncias alimentícias compreendem 90,2 por cento das exportações, mas as primeiras aproximam-se de dois terços do total.

Houve nas matérias-primas um aumento bastante grande entre 1956 e 1957, devido, sobretudo, à maior valia do algodão.

Principais exportações O volume das colheitas tem grande importância nos países que baseiam a sua exportação em produtos agrícolas. Moçambique não foge à regra.

As principais exportações em 1957 foram as que seguem:

Três produtos dominam os outros: o algodão em rama, o açúcar e a castanha de caju. Os dois primeiros são consumidos na metrópole e o último é exportado para a índia, donde, depois de transformado, se expede para a América do Norte e outros países.

Apesar da subida na exportação do algodão, esta ainda ficou aquém da de 1954.

Há a impressão de que as colheitas do algodão, apesar dos progressos feitos, podem ser consideravelmente elevadas, introduzindo melhores métodos de cultivo, visto ser ainda baixa a produção por hectare.

No caso do açúcar têm-se feito progressos nos últimos tempos e julga-se que as produções unitárias serão mais satisfatórias em breve.

Também se têm feito experiências de algodão de fibra longa e espera-se a produção de algum na zona do Limpopo.

Em "Outras mercadorias" avulta o chá, que decaiu na exportação em 1957. Apesar de pequeno, o decréscimo não corresponde às grandes possibilidades das zonas do Grurué e Milange e, parece, de outras.

Os sete produtos de exportação indicados no quadro correspondem a 1 557 400 contos, ou cerca de 83 por cento de 1 872 000 contos, que foi a exportação total.

O comércio externo está dependente das contingências da exportação de meia dúzia de produtos. É uma das fraquezas da vida económica da província.

Destino das exportações Em contrário do que se dá com a importação, em que 66,2 por cento provém do estrangeiro, as exportações repartem-se mais uniformemente entre o estrangeiro e os territórios nacionais. A proporção é de 51,7 por cento e 48,3 por cento. Assim, a metrópole e outras províncias consomem quase metade das exportações de Moçambique.

Os números são os que seguem:

Se fosse possível aumentar em condições económicas a produção interna, não seria difícil alargar a exportação para o estrangeiro, visto haver um déficit considerável no comércio com o exterior.

Os saldos negativos foram, em contos: