Enquanto a relação entre o que se exporta e o que se importa anda à roda de 46 a 48 por cento no caso do estrangeiro, baixa para 9,3 por cento na metrópole, e já atingiu 3 por cento nas outras províncias.

O déficit de mais de 1 milhão de contos no comércio externo de Moçambique pode servir de base a maiores exportações. Não valerá talvez a pena entrar muito profundamente na repartição geográfica do comércio externo.

Já se indicaram os números da metrópole e ultramar português. Quanto ao estrangeiro, um ligeiro exame dá logo a área do esterlino como principal fornecedora do mercado moçambicano.

Os principais números são:

A Inglaterra e a União Sul-Africana, da área do esterlino, são os dois principais fornecedores de Moçambique, seguindo-se-lhes a Alemanha e os Estados Unidos. Os principais consumidores de produtos moçambicanos são os países que seguem:

O saldo positivo com a Índia é devido à exportação da castanha de caju, que, depois de preparada, ela reexporta em grande parte para a zona do dólar.

Surpreendem os deficits com alguns dos outros países, como a Alemanha, que, em 1957, importou de Moçambique apenas 56 300 contos e exportou 279 000 contos. A Alemanha é consumidora de matérias-primas que poderiam ser produzidas em Moçambique.

O exame do último quadro mostra a possibilidade de exportações para os países em que há deficits avultados.

Balança de pagamentos Já se aludiu acima à balança de pagamentos, que fechou com o saldo negativo de cerca de 40 500 contos.

As entradas de cambiais foram de 2 748 964 contos e as saídas subiram a 2789417 contos. Assim, a reserva do fundo cambial desceu de 1 967 000 contos, números redondos, para 1 920 000 contos.

A evolução das reservas foi a seguinte nos anos após a guerra:

Nota-se que depois de 1947 é este o primeiro ano em que se verifica uma descida. A questão das reservas do fundo cambial tem importância e necessita de ser vigiada.

Em 1956 e 1957 o movimento de entradas e saídas de cambiais foi o que segue:

Como Moçambique tem um grande déficit na balança de comércio, a entrada de invisíveis, por serviços prestados na sua quase totalidade, atinge cifras elevadas. São os transportes -portos e caminhos de ferro- os principais contribuintes para o equilíbrio da balança de pagamentos.

A migração de trabalhadores para a África do Sul e Rodésias e o turismo auxiliam esse equilíbrio. Assim, a maior parte de cambiais provém daqueles dois territórios.

Nas entradas e saídas há saldo positivo substancial com a Rodésia e África do Sul e déficit com quase todos os outros países. A influência dos serviços autónomos na província de Moçambique é muito grande, e por isso convém exprimir as suas variáveis orçamentais, as receitas e as