Não se entrou em conta com algumas receitas fora do orçamento, privativas dos governos distritais, nem com as das câmaras e comissões municipais, nem com as das juntas locais.

Composição das despesas Tal como no caso das receitas, a composição das despesas é alterada pelo volume dos serviços autónomos.

Com efeito, a sua distribuição pelas diversas classes não permite determinar a influência de cada uma. Assim, as despesas da Comissão de Assistência, do Conselho de Câmbios e da comissão de caça são contabilizadas na rubrica «Administração geral e fiscalização»; as dos serviços dos correios, telégrafos e telefones e dos portos, caminhos de ferro e transportes, nos «Serviços de fomento»; e, finalmente, as das restantes nos «Encargos gerais».

Não é fácil, pois, determinar a influência de cada uma das classes nas despesas dos próprios serviços, isto é, subtraindo-lhes os serviços autónomos, sem laboriosos cálculos. Mas cada um poderá fazê-lo, conhecendo os quantitativos que se mencionam acima.

Tendo, assim, em conta os serviços autónomos, organizou-se o seguinte quadro, que dá a composição das despesas em certo número de anos a começar em 1938:

1940 ....

1942 ....

1944 ....

1946 ....

1948 ....

1951 ....

1952 ....

1953 ....

1955 ....

Verifica-se a influência dos portos, caminhos de ferro e transportes e dos correios, telégrafos e telefones no peso dos serviços de fomento. Estes atingem 62,8 por cento das despesas. Deve notar-se que o seu quantitativo total é de 1 758 154 contos e que o dos dois serviços mencionados é de 1 618 739 contos, reduzindo-se, assim, sem este, a 139 415 contos a despesa dos serviços, verba bastante inferior, por exemplo, à classe de despesas da administração geral e fiscalização, à dos encargos gerais, depois de subtraídos os serviços autónomos que nele se contabilizam, & quase idêntica à despesa dos serviços militares, que foi de 131 134 contos.

De qualquer maneira, o quadro dá a evolução da despesa, porque em todos os anos se incluem as dos serviços autónomos. Revela o extraordinário desenvolvimento destes.

Se forem publicadas as despesas nos mesmos anos, mas em valores absolutos, tem-se ideia da sua evolução. No quadro a seguir indica-se a despesa, em contos, desde 1938:

1940 ....

1942 ....

1944 ....

1946 ....

1948 ....

1951 ....

1952 ....

1953 ....

1955 ....

Os serviços de fomento, que não atingiram 46 000 contos em 1938, alcançaram 1 758 000 contos em 1957, cerca de 38 vezes mais.