Estradas Já se deu nota, em parecer anterior, do plano rodoviário e vincou-se então a sua importância no desenvolvimento económico da província.

O programa tem prosseguido com. as precauções exigidas pelos ensinamentos do passado. Poderia caminhar mais activamente, se fosse reforçada a dotação anual.

A despesa com a construção de novas estradas e pontes já se indicou acima. Foi de 116 260 contos nas estradas e 2144 contos nas pontes.

O maior gasto teve lugar no distrito de Manica e Sofala, seguido do de Lourenço Marques.

Adiante dão-se as verbas utilizadas em 1907 na construção de novas estradas e pontes e na conservação e reparação das existentes:

Não só s baixa a dotação para novas estradas, como se torna necessário reforçar a da reparação e conservação. Em países novos, de clima como o de Moçambique, a reparação e conservação de estradas requer atenção especial. Aliás, grande parte do tráfego afluente ao caminho de ferro, e até n portos de embarque, é feito por estrada. O novo plano pode desempenhar uma função decisiva na abertura à exploração de novas zonas, hoje pouco produtivas por carência de comunicações. Pode decompor-se n verba das despesas ordinárias das obras públicas, que subiu a 55 295 contos, do modo que segue:

A porte de material já foi pormenorizada atrás, quando se tratou dos edifícios, portos e estradas.

Serviços de indústria e geologia Houve um aumento de despesa nestes serviços, que se arredonda em 1098 contos. A despesa foi de 7407 contos.

Pode decompor-se esta verba, assim:

Não parece excessiva a importância destinada a serviços de tão grande influência no futuro da província.

Por força do orçamento das despesas extraordinárias utilizaram-se 229 contos em prospecção geológico-mineira (Plano de Fomento), e a brigada de estudos de

aproveitamento da bacia hidrográfica do Zambeze inclui também serviços de prospecção mineira.

Serviços agrícolas O aumento de despesa nestes serviços foi de 1859 contos. Os gastos totais subiram para 29 215 contos.

Estão incluídos na despesa acima indicada o Fundo Orizícola (7117 contos) e o Fundo de Fomento do Tabaco (639 contos), com rendimentos próprios, de que se deu conta na apreciação das receitas.

Assim, as despesas dos serviços próprios dos serviços agrícolas reduziram-se para 21 459 contos, mais 2252 contos do que no ano anterior, em que subiram a 19 207 contos.

O aumento de despesa deve-se essencialmente à verba de pessoal. Os vencimentos subiram de 7937 contos para 9693 contos.

Na província de Moçambique há outros centros de investigação agrícola conduzidos pelos proprietários de empresas agrícolas, pela Junta de Exportação do Algodão, ou ainda financiadas pelo fundo que se analisará adiante. Talvez houvesse vantagem para bom aproveitamento das verbas, que são escassas, em rever este problema do auxílio técnico e científico à produção agrícola. Já atrás se mencionaram as possibilidades e necessidades da agricultura indígena ao tratar-se dos serviços da instrução pública.

Tal como se encontra, a orgânica dos serviços tem certo cunho de especialização e é ambiciosa no sentido de grande número de dependências para a pequena verba de que dispõe.

Alguns dos serviços, como o posto de culturas regadas do Limpopo, mencionado no parecer do ano passado, já produziram resultados interessantes, e não há razão para que, com melhores dotações, outro tanto se não dê com diversas iniciativas.

Serviços pecuários Também estes serviços aumentaram a sua despesa para 19 838 contos.

Os 4813 contos gastos a mais em 1957, em relação ao ano anterior, foram utilizados, na sua maior parcela, em pessoal, como se verifica a seguir.