São deficitários todos os caminhos de ferro, excepto o de Lourenço Marques. A cifra relativa à Beira refere-se ao caminho de ferro de Tete. Mas o saldo, final foi positivo, da ordem dos 247 000 contos.
Todos os portos apresentam saldo positivo, mais relevante nos da Beira e de Lourenço Marques.
A camionagem automóvel e os transportes aéreos apresentam saldos negativos, que se reduziram para 2373 contos nos primeiros e 7372 contos nos segundos. Houve melhoria sensível no déficit da camionagem automóvel.
As receitas do porto de Lourenço Marques atingiram perto de 200 000 contos (19õ 105 contos) e as do porto a Beira, com 197 616 contos, progrediram bastante em relação a 1956, em que haviam sido de 177 107 contos.
Nota-se que a receita do porto de Lourenço Marques era de 90 850 contos em 1900 e mais do que duplicou em oito anos; a do porto da Beira, com 124 082 contos também em 1950, teve progresso menor. Ë de notar que a subida do porto de Lourenço Marques se deu em 1956 e 1957, devido certamente à abertura à exploração do caminho de ferro do Limpopo. A do porto da Beira atingiu a verba de 197 616 contos em 1957.
O saldo do porto de Lourenço Marques foi maior do que o do porto da Beira - 86 829 contos contra 68 894 contos. O saldo em 1957, em ambos os casos, foi maior do que em 1956.
Os restantes portos apresentam saldos pequenos. Apenas há a destacar o de Moçambique, com mais de 1000 contos, e o de Gaza, com 980 contos.
A evolução da carga embarcada e desembarcada no porto da Beira foi a seguinte, desde 1938:
Houve o progresso sensível de cerca de 383 000 t no total, que proveio em grande porte da carga embarcada, sinal do desenvolvimento do seu hinterland.
No porto de Lourenço Marques, a carga manuseada, que fora de 4 196 100 contos em 1956, passou para 5 513 412 t em 1957, um aumento de l 317 312 t, o que é notável. A influência do caminho de ferro do Limpopo foi, pois, muito sensível no porto de Lourenço Marques.
Estes empréstimos, contraídos por intermédio do Tesouro da província, através da metrópole ou na metrópole, são os que seguem:
O saldo em débito em 1956 era de l 731 067 contos, que se reduziu para l 683 050 contos em 1957.
Foram feitas as amortizações contratuais e pagos os juros. Os encargos em 1957 subiram a 99 913 contos.
Foram utilizadas no pagamento de despesas extraordinárias no montante de 380 248 contos.
A diferença entre as receitas e as despesas extraordinárias, ou 75 481 contos, proveio de excessos de receitas ordinárias.
O recurso ao empréstimo foi pequeno, pois não passou de 9009 contos.
Utilizaram-se saldos de anos económicos findos, que, juntamente com o imposto de sobrevalorizações e a comparticipação anual dos caminhos de ferro, perfazem o total.
A constituição por origem das receitas extraordinárias é a que segue:
Contos
Imposto de sobrevalorizações ........7 552
Comparticipação do caminho de ferro. 10 000