Examinando as cifras, podemos simplificar o a uma pequena súmula:

Alheios às despesas ordinárias - visto os saldos de anos económicos findos o serem em última análise - há apenas a apontar 7552 contos do imposto de sobre valorizações, 10 000 contos dos caminhos de ferro e 9009 contos de empréstimos.

As despesas ordinárias do ano, ou de anos anteriores, contribuíram assim com 353 687 contos para o pagamento das despesas extraordinárias.

Distribuição das verbas A especificação das verbas das despesas extraordinárias, isolando as do Plano de Fomento, pode fazer-se do modo que segue:

Assim, em outras despesas extraordinárias, que é a rubrica do quadro acima publicado, a quantia maior pertence a comunicações e transportes. Nela se engloba a dotação das estradas, que foi de 116 260 contos.

Convém, no entanto, reunir as despesas extraordinárias em algumas rubricas, por aplicações, e, assim, analisar a orientação das actividades orçamentais em matéria de novas iniciativas.

A seguir se discriminam estas despesas:

As comunicações compreendem, além das estradas, o porto de Nacala, o aeroporto de Lourenço Marques e outros, material naval e a compra de um avião.

Na construção de edifícios incluem-se 11 768 contos para edifícios escolares, 4874 contos para edifícios hospitalares e prisionais, 8976 contos para o Liceu da Beira e 1296 contos para o apetrechamento do Liceu Pêro de Anaia.

Finalmente, em outras despesas estão: recuperação de terrenos no Chimoio (4000 contos), fotografia aérea (3403 contos), encargos da brigada do Revuè (4672 contos), missão de fomento e povoamento do Zambeze (2608 contos), subsídios para o Seminário de S. Luís de Montfort (800 contos) e diversos estudos no Movene (197 contos), além da 2.a fase do aproveitamento do Èevuè (19 875 contos), da prospecção geológico-mineira (229 contos) e de estudos no Zambeze (7503 contos), incluídos no Plano de Fomento.

Plano de Fomento Na execução do Plano de Fomento gastaram-se 1 477 496 contos até fins de 1957.

Para financiar este investimento foram contraídos empréstimos no total de 884 460 contos.

A seguir publica-se uma súmula da origem dos financiamentos destinados ao Plano de Fomento. Os números insertos no parecer de 1956 devem ser revistos e corrigidos, de modo a considerar apenas as importâncias gastas sem incluir os saldos revalidados:

Vê-se que, com excepção de empréstimos e saldos de anos económicos findos, as receitas são pequenas.

84. A seguir publica-se um mapa que dá a movimentação financeira do Plano de Fomento desde o início da sua execução.