O desequilíbrio na balança do comércio acentuou-se, apesar de terem aumentado as exportações, e os efeitos dos investimentos dos últimos anos não puderam fazer valer a sua influência.
O problema de intensificar a produção interna é, sem dúvida, o mais premente, e a diversificação das culturas uma das condições de evitar futuros desenganos.
Ver-se-á adiante, ao estudar o emprego dos investimentos canalizados para a província através do Plano de Fomento, que eles se utilizaram sobretudo na construção civil. A guerra deixou algumas feridas, que foram já sanadas mas que necessitaram do emprego de fundos avultados.
Ora a resolução do problema de Timor requer o uso de meios que imponham melhoria acentuada na produção de géneros que possam ser exportados. Sem isso há-de ser sempre difícil a sua situação.
Comércio externo
(a) Não inclui a reexportação.
A balança do comércio atingiu em 1955 um déficit que caminhava para igualdade com a exportação.
Assim, os números do comércio externo mostravam a forma que segue:
Até 1954 a balança do comércio acusava um saldo positivo, mercê de condições derivadas da sua situação geográfica em relação a regiões vizinhas. Acontecimentos políticos, desviaram de Díli as reexportações e nos últimos três anos a balança do comércio piorou consideràvelmente, como mostram os números acima publicados.
A província importa produtos manufacturados, em escala que deriva da falta de indústrias e substâncias alimentícias, além de combustíveis ou matérias-primas diversas.
Em 1957, os tecidos de algodão ocuparam o primeiro lugar, como aliás em anos anteriores, mas houve aumento naquele ano.
Outros produtos que pesam muito na balança são o cimento, devido à actividade na construção, a gasolina e o petróleo, o ferro, as bebidas, os medicamentos e o tabaco. Quase todos estes produtos tiveram maior valor nas importações em 1957 do que em 1956.
A metrópole e as províncias ultramarinas comparticipam em muito pouco no abastecimento da província (cerca de 25 por cento).
Em 1957, de um total importado de 9 758 000 patacas, apenas 2 515 000 provieram da comunidade, cabendo à metrópole 2 026 200 patacas.
O resto veio do estrangeiro, e a Ásia predomina com 4 741 015 patacas.
Parece não ser possível alargar muito as importações de territórios nacionais, dadas as dificuldades na navegação.
Nas exportações é ainda o estrangeiro que consome a maior parte dos produtos, com cerca de 91 por cento em 1957.
A província exporta principalmente café em grão, copra e borracha. O resto tem muito pouca importância.