Na obra citada, e em concretização ali preconizado, incluem-se dois mapas referentes às zonas industrializadas do Norte e do Sul, com a indicação dos concelhos abarcados por cada uma delas e a respectiva percentagem da população industrial activa.

Reproduzem-se os mapas referidos, dado o seu grande interesse:

As percentagens indicam a população industrial na população activa de cada concelho O estudo da região industrial de Lisboa tem uma importância que não é preciso encarecer. À Comissão do Plano Regional de Lisboa e ao respectivo Gabinete, previstos na proposta de lei (bases VIII e XI), competirá, entre tantas, essa árdua tarefa, que se desdobra em vários compartimentos, designadamente o da localização das indústrias.

No domínio da localização, aproveitando os subsídios que a experiência de outros países já pode emprestar haverá dois aspectos primordiais a encarar: o das

indústrias já existentes, e portanto instaladas em determinados locais, e o das novas indústrias a criar, ainda sem localização fixada.

Compreensívelmente, o problema põe-se em termos diferentes num e noutro caso.

Quanto às indústrias existentes, o procedimento a adoptar será, como regra, mante-las nos locais que elegeram, mesmo quando a sua localização apresente algumas desvantagens, já que os «custos» resultantes de uma transferência para outros lugares serão, em gran de número de casos, incomportáveis.

Logo, porém, que os inconvenientes da localização actual de algumas indústrias atinjam certa medida, terá de ser encarada a sua transferência para outras zonas e tornar-se-á indispensável criar um conjunto de estímulos, concedendo facilidades ou até estabelecendo um sistema adequado de compensações.

O nosso atraso do ponto de vista industrial transforma-se, neste caso particular, em circunstância feliz: não chegámos a pontos extremos de uma centralização industrial na zona urbana de Lisboa que imponham uma draconiana descentralização. Há, por certo, instalações fabris a mudar, mas a situação não assume os aspectos sérios de outros países mais industrializados.

O segundo aspecto a considerar -o das novas indústrias- apresenta-se muito mais facilitado, sob certo ângulo, pois aqui não haverá que entrar em consideração com os vários «custos» ocasionados por uma transferência de local e mensurá-los. Para as novas unida-