Conforme se verifica pelo quadro seguinte, a dívida da província ascendeu de 102.147.058$80, em 1957, para 106 633 053$20, em 1958, isto é, agravou-se em 4 485 994$40.

Constata-se que, em relação a 1956, a província libertou-se em 1957 do empréstimo de 191 403$70 que contraíra, nos termos do Decreto-Lei n.º 38 257, de 18 de Maio de 1951, para fornecimento de material destinado ao Serviço Meteorológico.

Porém, os pagamentos respeitantes à dívida da província proveniente do empréstimo de 40 000 contas concedido pelo Banco Nacional Ultramarino e autorizado pelo Decreto n.º 36 857, de 5 de Março de 1948, para fornecimentos idênticos aos acima mencionados e igualmente autorizados pelo Decreto-Lei n.º 38 257, de 18 de Maio de 1951, já citado, e pagamento dos encargos -juros- previstos pelo Decreto-Lei n.º 39 179, de 21 de Abril de 1953, cifraram-se em 5.531.527$40 em 1957, ascendendo em 1958 a 5 906 334$40, registando-se, portanto, em 1958 uma diferença para mais de 374 807$ em relação a 1957, diferença devida ao aumento em 1958 dos juros previstos pelo já citado Decreto n.º 39 179. A dívida reduziu-se, como se vê, a 28 633 053$20.

Finalmente, pelo que diz respeito ao empréstimo de 78 000 contos feito no Fundo de Fomento Nacional e também nos termos do Decreto-Lei n.º 39 179, de 21 de Abril de 1953, tem vindo a província a suportar apenas desde 1953 os encargos dos juros respectivos.

Como, porém, em 1958, a província efectuou o levantamento total deste empréstimo, deverá iniciar em 1959 a sua amortização.

Assim, a posição da dívida pública no fim da gerência de 1958 e os encargos assumidos para o ano seguinte estarão, em resumo, patentes no seguinte quadro:

Circulação fiduciária - Comércio bancário - Cunhagem e emissão de moeda metálica A circulação fiduciária da província está, nos termos da Portaria Ministerial n.º 13 867, de 3 de Maio de 1952, e pelos motivos constantes da mesma, limitada a 110 000 contos no 1.º semestre e a 60 000 contos no 2.º semestre.

O quadro a seguir mostra o montante da circulação, em notas e cédulas, e da reserva monetária em 31 de Dezembro de cada um dos anos do quadrénio de 1955-1958:

A variação da circulação fiduciária da Guiné está em estreita correlação com a campanha da mancarra, atingindo o maior valor no auge dessa actividade e decaindo, depois, durante o período de estagnação comercial.

Assim, o valor máximo da circulação ocorre no período que vai de Dezembro a Março, enquanto o mínimo é observado durante os meses que vão de Abril a Novembro.

Em 31 de Dezembro de 1958 a circulação fiduciária, conforme se pode constatar no quadro anterior, foi inferior em 1.080 075$ à verificada em igual dia de 1957

Porém, em Março atingiu ela o seu ponto mais elevado (88 620 contos), máximo este que foi superior ao observado em 1957 (83 056 contos).

Segue-se o balancete do Banco Nacional Ultramarino, referido a 31 de Dezembro de 1958, reflexo do comércio bancário da província no ano em causa.

Garantia do liquidabilidade

Valores da reserva monetária

Em poder da sede.................... 34.316 000$00

Em poder de diversos................ 2 350 000$00

Divisas do fundo cambial............ 28 872 995$57 65 538 991$57

Letras descontadas sobre praça

a menos de seis meses............... 3 763 186$00

Letras descontadas sobre praças

diversas ainda em carteira.......... -$-

Letras descontadas sobre praças di-

versas em poder dos correspondentes. -$-

Letras descontadas em carteira

comercial........................... 41 293$40

Letras sobre o estrangeiro.......... -$-

Carteira de títulos................. 1$00

Devedores gerais a menos de

seis meses.......................... 66 566 588$48