dente dos seus movimentos de importação e exportação, esta última a condicionar as possibilidades daquela, segundo as oscilações dos respectivos valores.

Do quadro acima vê-se que, ao contrário do que sucedeu em 1957, as importações foram em 1908 apenas um pouco superiores às exportações, pelo que o respectivo saldo da balança comercial, embora ainda negativo, foi, no entanto, muito inferior ao de 1957, o que dá a entender que a balança comercial da Guiné

parece finalmente querer encaminhar-se para o ambicionado equilíbrio.

É de notar também que as importações efectuadas em 1958 aumentaram em tonelagem em relação a 1957, não obstante terem diminuído de valor. Isto quer dizer que em 1958 o comerciante da província beneficiou da baixa dos preços das mercadorias importadas E disso, sobretudo, beneficiou também, e portanto, a balança comercial.

Atentando agora no quadro que antecede, elaborado segundo as importâncias efectuadas no decurso de cada um dos anos de 1955 a 1958 e sob o posto de vista dos países fornecedores, tonelagem e valor dos produtos, verifica-se que a metrópole continua a ser o principal fornecedor da Guiné, seguindo-se o estrangeiro, com relevo para os Estados Unidos da América, Inglaterra, Itália, Rodésia e Alemanha, conforme se pode constatar do quadro seguinte, em que se mostram os valores em coutos das mercadorias importadas pela Guiné e os territórios estrangeiros que os forneceram:

Quereríamos completar a presente e quiçá resumida informação económica da província apoiando-nos ainda nos valores parciais e respectiva tonelagem das principais mercadorias na sua designação genérica, importadas em cada um dos últimos quatro anos -anos que nos têm servido sempre de termos de comparação-, mas infelizmente tal não será possível em virtude do atraso dos serviços de estatística da Guiné na elaboração dos respectivos elementos, atraso esse que trouxe e traz como consequência imediata o facto de desde 1954 não possuir a própria província dados concretos sobre a sua própria importação.

Sabido, porém, que a vida económica da Guiné tem por base o arroteamento do solo, com um número precário de unidades para a indústria transformadora, que trabalha quase exclusivamente com matérias-primas de natureza vegetal e de produção local, e sabido também que não existe navegação internacional nos seus portos, fácil é concluir que é a exportação que condiciona toda a importação subsequente através da aquisição de mercadorias que traduzem as necessidades comerciais da província e determinam por isso o desequilíbrio da sua balança comercial.

De entre a produção, agrícola saliente-se, em plano destacado, a mancarra, que, na sua quase totalidade, se destina à exportação, sendo ela que, por conseguinte, verdadeiramente marca a importância da vida económica da Guiné

Ao contrário do que acontece com aquela oleaginosa, o arroz, produto básico da alimentação indígena, fornece à exportação apenas escassos excedentes, tirados do sen consumo interno.

Gradualmente às produções de mancarra e arroz seguem-se os dos produtos de palmeira, milho, cana sacarina e mandioca.

Eis um quadro elucidativo das quantidades e respectivo valor dos principais produtos de exportação da Guiné em cada um dos anos do triénio de 1956-1958.