empréstimos caucionados relativamente a S. Tomé e só desconto relativamente a Príncipe, contra, respectivamente, 338 403 e 171 444 contos em 1957.

A situação da moeda divisionária manteve-se inalterável durante o quadriénio de 1955-1958, conservando-se nos limites legais, conforme o quadro seguinte:

Comércio externo e balança comercial Balança de pagamentos O comércio externo de S. Tomé e Príncipe e caracterizado por bruscas mutações, provocadas pelos valores das cotações que os seus produtos obtêm no mercado internacional, principalmente o cacau, que é o esteio de toda a economia da província, pois é produto que rende cerca de 70 por cento do valor total da exportação. Assim, representa ele o maior valor económico da província, à volta do qual, aliás, directa ou indirectamente, vivem todas as actividades de S. Tomé e Príncipe.

Os restantes 30 por cento são, porém, obtidos na exportação de mais quatro produtos da terra (café, copra, coconote e óleo de palma), pelo que a província é essencialmente agrícola, como se vê.

Ora, entre os vários factores que podem ter influência na vida agrícola de S. Tomé e Príncipe, dois há que comandam sobremaneira o desafogo ou instabilidade da sua economia: a produtividade das plantações e as cotações obtidas pelos produtos nos mercados nacionais e estrangeiros.

Quanto ao pr imeiro, já há muitos anos que se mantém numa média estacionária, após uma queda acentuada e progressiva do cacau, que se situou em cerca de um quinto da produção que já atingiu. Dependendo, todavia, as quantidades produzidas, das condições locais, podem elas melhorar na razão directa do esforço interno. Assim, está-se agora a observar uma certa tendência dos proprietários para unia possível recuperação, quer socorrendo-se de técnicos competentes, quer no investimento de maiores capitais, maquinaria, etc.

É, no entanto, cedo para avaliar dos resultados que porventura venham a colher.

Quanto ao segundo factor - as cotações dos produtos -, dependem elas exclusivamente das causas externas impostas pelos mercados internacionais, que não estão sujeitas a qualquer acção da administração da província.

O consumo nacional não absorve senão pequena parte da produção de S. Tomé e Príncipe e a província, no conjunto mundial, não tem projecção que lhe marque lugar destac ado; consequentemente, acompanha as flutuações internacionais, sòmente beneficiando da qualidade dos produtos e da sua aceitação naqueles mercados.

O comércio externo da província caracteriza-se, pois, como se disse, pela exportação de cinco, produtos agrícolas, sem qualquer espécie de industrialização além de uma preparação primária, e pela importação de tudo quanto carece para o seu abastecimento, desde as matérias-primas às substâncias alimentícias, maquinaria, utensílios e manufacturas diversas.

Nos comentários aos diversos quadros que a seguir apresento sobre exportações e importações, apreciarei outras causas que as condicionam e promovem as respectivas evoluções.

O primeiro a apresentar respeita à importação para consumo e à exportação nacional e nacionalizada nos últimos quatro anos e respectivos saldos, que determinam a posição em cada um desses anos da balança comercial da província:

(a) Em contos.