Até 1958, a metrópole marcou acentuada posição negativa na balança de pagamentos, isto é, comprou à província apenas uma parte correspondente ao valor do que para ela exportou, que é representada na percentagem indicada no quadro anterior, a qual exprime a medida em que as exportações cobrem as importações.

Assim, a metrópole, que em 1955 quase tinha atingido afinal a igualdade, isto é, tinha comprado à província produtos no valor aproximado de mercadorias que forneceu (98,2 por cento), em 1956 desceu essa percentagem para 83 por cento, para em 1957, com 90,2 por cento, mostrar novamente tendência saudável para o restabelecimento do equilíbrio, o que realmente veio a verificar-se em 1958, ano em que ultrapassou, nas compras que fez à província, o valor total dos fornecimentos que lhe vendeu, na medida de 107,9 por cento.

Embora em 1958 as províncias ultramarinas tenham aumentado consideràvelmente as compras feitas a S. Tomé e Príncipe, continuam contudo com uma pequena percentagem de 4,4 por cento em relação ao total do valor das vendas que lhe fazem. Aliás, compreende-se que assim seja, pois não existem nesses territórios nacionais indústrias laboradoras dos produtos da província, ao passo que são produtoras de géneros alimentícios que S. Tomé e Príncipe importa na sua totalidade, principalmente de Angola.

Quanto aos países estrangeiros, as percentagens dos últimos quatro anos, conquanto favoráveis à economia da província, são bastante díspares; isto porque, em 1954, o valor excepcional das cotações dos produtos de S. Tomé e Príncipe originou uma elevada percentagem (624,8 por cento), que no ano seguinte sofreu uma quebra brusca, motivada não só pormenores quantidades exportadas como também por mais baixas cotações, verificando-se, todavia, em 1956, uma melhoria de posição, devida unicamente ao facto de terem sido exportadas maiores quantidades de cacau, pois as cotações continuaram a descer. Porém, em 1957, a mais-valia de percentagem traduz, com excepção do cacau, mais o resultado de melhores cotações do que propriamente uma maior margem de aquisições à província. E, em 1958,. o aumento verificado foi devido unicamente ao aumento da cotação do cacau, pois que se verifica a diminuição de volume dos produtos comprados à província.

Passando à análise do custo da tonelada importada e ao rendimento da tonelada exportada, verificam-se, respectivamente, os seguintes valores em 1958: 5.168$20 para a primeira e 11.703f36 para a segunda, contra 4.821$12 e 8.721$76, respectivamente, em 1957.

Tomando o ano de 1938 como ano-padrão anterior ao conflito mundial, e, portanto, isento das perturbações económicas resultantes do após-guerra, podemos elaborar o seguinte quadro: Tonelada importada, 1.686$32; tonelada exportada, 1.745$64.

de cuja apreciação se infere que, em 1958 e em relação a 1957, subiu de 25 unidades o custo da tonelada importada, valorizando-se a exportada em 171 unidades; isto é, o agricultor teve, em 1958, mais valorizados os seus produtos, embora o comércio tenha auferido menor benefício com o agravamento do custo da importação. Seguem-se dois quadros relativos à importação para consumo e exportação nacional e nacionalizada, respectivamente, distribuídos pelas seis classes da nomenclatura aduaneira, que nos indicam as tendências do comércio externo: