gresso nas extracções, que faz mesmo prever novos e substanciais aumentos nos próximos anos.

À saída de 222 982 t, no valor de 77 006 contos, corresponderam elevações de 140,61 e 134,24 por cento, mas o preço obtido por tonelada exportada foi um pouco inferior.

Atingindo aqueles valores, situou-se o minério em 9.º lugar no quadro das exportações.

Entre os produtos provenientes das indústrias extractivas há contudo que salientar as reduções operadas nas saídas de cobre bruto e manganês, cujas vendas, que em 1957 se cifraram em cerca de 26 000 e 29 000 contos, respectivamente, sofreram em 1958 reduções no valor de 11 milhares de contos para o cobre em bruto e de 19 milhares de contos para o manganês.

A exportação dos produtos .das indústrias transformadoras acusou reduções dignas de nota.

A mais saliente verificou-se nos derivados da pesca, nomeadamente em relação às farinhas de peixe.

Deve, contudo, notar-se que o valor realizado com a venda deste produto - 289 599 contos - apenas foi excedido em 1957 e que se integra perfeitamente na tendência sempre crescente manifestada ao longo de todo o último quadriénio (e podemos até acrescentar do último decénio), pois que em relação a 1949 o valor dos embarques de farinha de peixe foi sete vezes maior.

As cotações, que em 1957 tinham sido menos favoráveis que no ano anterior, melhoraram agora, e, assim, o preço médio da tonelada exportada passou de 3.488$ para 3.565$.

Também foram bastante menores as vendas de óleos de peixe, as quais baixaram de 60 607 para 35 702 contos. Mas convém notar que a sua exportação foi das maiores que se têm realizado e que, à parte a de 1957, ano de produção e de embarques para o exterior verdadeiramente excepcionais, apenas foi excedida pela que se efectuou em 1954, já fora, portanto, do quadriénio em estudo.

As cotações continuaram, todavia, a decair, vindo de 4.974$ para 4.171$ por tonelada.

As conservas de peixe apresentam Posto isto, não queremos deixar de nos referirmos, extra quadro, ao novel produto de exportação de Angola: o petróleo.

Após curto período de ensaio, a entrada em laboração, em princípios de 1958, da refinaria de Luanda marcou o início da actividade exploradora da Companhia dos Petróleos de Angola.

Até final de 1958 foram tratadas nesta instalação 58 463,4 t de petróleo bruto proveniente das estruturas de Luanda e de Benfica, produção sensìvelmente inferior à prevista, em resultado, ao que parece, do acidente verificado num idos poços de estrutura de Benfica.

Durante o mesmo período foram consumidas na província as seguintes quantidades e produtos da refinaria de Luanda:

Toneladas

sendo grande parte deste último combustível fornecido à navegação no porto de Luanda.

No final de 1958 foi decidido aumentar a capacidade de refinação, tendo sido solicitada a autorização do Governo para elevar a capacidade até 220 000 t a mais, autorização essa que, aliás, já foi concedida em 1959.

Paralelamente aos trabalhos para o desenvolvimento da produção das estruturas já mencionadas, prosseguiu, e prossegue, com grande intensidade a pesquisa nas restantes áreas da concessão, sendo especialmente de assinalar a nova descoberta do campo petrolífero do Cacuaco.

Além do estudo geral das áreas a projectar, os trabalhos de geologia de superfície e de profundidade e de prospecção geofísica incidiram sobre numerosas estruturas da bacia do Cuanza.

A prospecção sísmica foi, por sua vez, concentrada principalmente na área do Quiçama, podendo os respectivos trabalhos sintetizar-se nos seguintes índices numéricos:

Metros

Metros furados ................. 1 003 781

Nos dois últimos meses do ano foi efectuada a prospecção aeromagnética de toda a área da concessão.

Em 1956 iniciaram-se as exportações de petróleo, muito embora em pequena quantidade, pois até final do ano apenas saíram 4280 t com destino à Sacor. Porém, em 1957 essa exportação elevou-se para 10 042 t e em 1958 subiu admiràvelmente para 50 633 t.

Trata-se, pois, de uma nova e florescente fonte de riqueza da província. Tal como se fez para a importação, eis agora um quadro dos produtos exportados segundo as classes da pauta aduaneira e relativo a cada um dos anos do quadriénio 1955-1958:

Como se vê, as «matérias-primas» e as «substâncias alimentícias» continuam a esgotar, quase por completo, a totalidade do valor da exportação, pois, no seu conjunto, contribuíram com 98,82 por cento para o valor total das vendas da província.

De entre estas, a classe das «substâncias alimentícias» continuou a ser a mais representativa, com 64 por cento das vendas totais, mas o preço médio desceu de 7 para 5,4 contos por tonelada, em virtude da queda dos preços do café e do milho, como atrás se disse.