Segue-se um quadro elucidativo da evolução das exportações de Angola para a metrópole, restantes províncias ultramarinas e países estrangeiros em cada um dos anos do quadriénio 1955-1958:

Por aqui se vê que em 1958 não variou a posição relativa dos três blocos, continuando o estrangeiro a figurar com principal cliente, embora com uma comparticipação menor (em percentagem) em benefício das restantes províncias ultramarinas. Também, em percentagem, a comparticipação da metrópole foi inferior à de 1957. Todavia, continua a ser modesto o contingente exportado para as outras províncias ultramarinas.

E, tal como fizemos para a importação, analisemos seguidamente um quadro que mostra a posição relativa dos países e territórios cujas compras a Angola ultrapassaram em 1958 a casa dos 10 000 contos, fazendo figurar no dito quadro não só o valor da exportação, como também as respectivas percentagens em relação ao total exportado, fazendo a comparação com 1957:

Conforme se verifica, apareceram pela primeira vez como clientes da província o Marrocos Francês e o México. De notar também a grande subida do Egipto e de Moçambique na escala dos ditos.

De resto, observa-se que, com excepção da Alemanha, no confronto das posições relativas em 1957 e 1958 não houve alterações, aumentando até alguns países bastante as suas importações.

Deram-se, contudo, em relação a cada país, modificações que interessa referir.

Assim:

Os Estados Unidos, muito embora tivessem realizado menores compras de café -cerca de 806 000 contos em 1958 contra perto de 828 000 contos no ano anterior -, adquiriram em contrapartida mais avultadas quantidades de farinha de peixe, cujo valor, elevado de 36 000 contos para 94 000 contos, compensou largamente a quebra registada em relação ao café.

A metrópole, por sua vez, efectuou compras avultadas de café, sendo até esta mercadoria que contribuiu essencialmente para as mais importantes compras por ela realizadas em 1958 na província.

De facto, as suas importações deste produto elevaram-se aproximadamente de 113 000 contos para perto de 211 000 contos, o que representa um acréscimo de 86,6 por cento; e também foram bastante maiores nas farinhas de peixe, com mais 16 000 contos que em 1957.

Foram estes dois substanciais aumentos que permitiram compensar amplamente as quebras registadas nas compras de algodão e de açúcar.

Também o Reino Unido reforçou a sua posição como cliente de Angola: o valor global das suas importações em mercadorias originárias da província subiu de 475 643 contos para 600 323 contos por força das maiores compras de diamantes. Estes continuaram a representar a base das vendas para aquele país.

Como última anotação referente a este cliente nota-se ainda que as suas aquisições de café atingiram mais de 25 000 contos, ou seja o triplo do que comprou no ano anterior, sendo em contrapartida bastante menores as compras de farinhas de peixe, cifradas em 1957 em mais de 10 000 contos.

A Holanda, em virtude das mais avultadas compras de café e também, em menor escala, de farinha de peixe, reforçou igualmente a sua posição no quadro dos clientes de mercadorias de origem angolana.

As primeiras subiram de 209 461 contos para 332 615 contos e as segundas de 76 863 contos para 86 651 contos. As restantes alterações, respeitantes às mercadorias de que este país é comprador habitual, não se revestiram de significado especial.

A Alemanha, não obstante ter continuado a ocupar o 5.º lugar entre os clientes da província, foi, como se disse, o único país cujas compras tiveram um afrouxamento saliente. Este país, que em regra adquire uma variada gama de produtos, comprou maior quantidade de milho e de minério de ferro, mas mostrou-se menos interessado nos derivados da pesca.

Os aumentos registados nas duas primeiras mercadorias - de 43 537 contos e 41 868 contos, respectivamente - não foram, todavia, suficientes para equilibrar a quebra ocorrida nas exportações, não só de fari-