Circulação fiduciária - Comércio bancário - Cunhagem e emissão de moeda metálica Conforme o balancete de 31 de Dezembro de 1958 da filial em Macau do Banco Nacional Ultramarino - banco emissor da província -, o qual adiante reproduziremos na íntegra, a existência, em face da emissão de notas e certificados, era de $ 70:714.577,00. Mas, desta emissão, em 31 de Dezembro de 1958 encontravam-se em circulação notas e certificados no montante de apenas $ 24:626.594,00.

Era este, pois, o montante da circulação fiduciária na data citada.

Interessante é, no entanto, o quadro seguinte, elucidativo da evolução da referida circulação e da reserva monetária na província durante o quadriénio de 1955-1958:

Eis seguidamente o balancete, a que atrás nos referimos, da filial em Macau do banco emissor e referente a 31 de Dezembro de 1958, que reproduzimos na íntegra, por ser bastante elucidativo acerca do comércio bancário da província no ano de 1958:

As reservas do banco emissor mantiveram-se no quadriénio de 1955-1958 muito acima dos limites legais, conforme se vê no quadro que segue:

O total das responsabilidades à vista aumentou, como se vê, gradualmente nos três últimos anos, diminuindo em 1958, mercê de menor importância de «Outras responsabilidades à vista». Todavia, e visto terem aumentado as disponibilidades em moeda estrangeira e, por via delas, as reservas legais,- a proporção destas para a circulação fiduciária e outras responsabilidades à vista excedeu, em 31- de Dezembro de 1958, a percentagem legal - que não pode ser inferior a 50 por cento - em mais de metade.

Propriamente sobre o comércio bancário podemos elaborar agora o seguinte quadro, confrontando os valores do sistema bancário nos últimos quatro anos:

Constata-se aqui que em 1958 os depósitos à ordem diminuíram, aumentando na carteira comercial o volume de distribuição de crédito, assim como os empréstimos diversos, enquanto que continua elevadíssima a percentagem das reservas de caixa para os depósitos à ordem, cujo limite legal é apenas de 20 por cento.

De notar que se manteve ainda em 1958 suspenso o funcionamento dos depósitos a prazo, razão por que não consta do quadro anterior.

E porque Macau continua numa situação económica delicada, vamos estender-nos um pouco mais nas nossas considerações acerca do movimento bancário, reflexo da vida económica da província.

Como é sabido, a crise económica que afecta Macau tinha forçosamente de ter naturais reflexos no volume de operações bancárias; contudo, à semelhança do que aconteceu em 1957, e graças ao volume das exporta-