necedores da província, aglomerados segundo as três grandes e crónicas divisões estatísticas: metrópole, províncias ultramarinas e estrangeiro; o outro discriminando os territórios e países englobados nestas últimas:

Nota. - Não existem dados estatísticos que nos permitam elaborar o presente quadro na parte que se refere a 1955.

Conforme se verifica, Macau desde há anos que tinha apenas sois territórios como seus principais fornecedores: Hong-Kong, China, metrópole, Moçambique, Timor e Alemanha. Porém, em 1958, com o aparecimento de outros, os «eus fornecedores elevaram-se ao dobro, desaparecendo, contudo, da lista a nossa província de Moçambique.

De entre esses fornecedores, continuam, contudo, como principais e a grande distância de todos os outros a vizinhas Hong-Kong e China.

Mercê da sua exportação de café para Macau, Timor ocupa também uma interessante posição na escala, sendo mesmo, de parceria com .a China, os únicos territórios que em 1958 aumentaram os seus fornecimentos para a província.

Vejamos agora o que se passa com a exportação da província.

Conforme se verifica no quadro que se segue, organizado segundo as classes da pauta aduaneira, o valor da exportação da província em 1958 diminuiu em $ 2:188.243 em relação ao do ano anterior.

E para uma melhor apreciação de quanto as restrições impostas, e já citadas anteriormente, prejudicam o comércio externo da província, elaborámos o referido quadro, incluindo a exportação havida em 1950, ano este, como se sabe, imediatamente anterior àquele em que começaram a verificar-se as ditas restrições:

Ora, conforme se pode constatar, apenas as classes do a Matérias-primas» e de «Fios, tecidos, etc.» experimentaram aumentos de exportação em relação ao ano anterior. De resto, as outras classes sofreram diminuições sensíveis; e quando então comparadas com as de 1950 assumem proporções assustadoras.

De facto, Macau só progrediu enquanto o comércio pôde dedicar-se livremente ao seu mister, consagrando-se a importação de mercadorias com fácil colocação no seu mercado e, principalmente, nos mercados vizinhos.

O turismo, florescente em tempos idos, e que tanto contribuía para o desafogo do comércio retalhista, tem hoje, por vários motivos, entre os quais a tensão internacional no Extremo Oriente, muito menor importância. Não obstante, são ainda muitas as actividades económicas que permanecem na dependência desta indústria e numerosos os turistas que diariamente se deslocam de Hong-Kong e vão animar a vida comercial da província. Assim é que o porto de Macau acusou em 195 8 um intenso movimento, embora não sejam, contudo, muitos os navios de longo curso que o demandam: são os juncos à vela e a motor e os rebocadores chineses que, quase exclusivamente, movimentam o porto.

Geralmente, o movimento de passageiros, predominantemente de e para Hong-Kong, eleva-se a cerca de um milhão e meio.

Por sua vez, foi o movimento de hidroaviões apenas de 39, todos de nacionalidade inglesa e provenientes também de Hong-Kong, contra 44 da mesma proveniência em 1957.

E, analisada a situação geral do comércio da província, resta-nos completar este rápido estudo económico de Macau reparando na sua indústria.