de vida da população timorense e consequente agravamento da balança comercial da província.

Segue-se um quadro-elucidativo da origem de tais mercadorias em 1958:

Com menos de 10 milhares de patacas aparecem ainda os seguintes territórios fornecedores, alinhados por ordem decrescente de valor das mercadorias fornecidas à província: Suécia (com cerca de 7000 patacas), Angola, Itália, França, Áustria, Panamá, Estado da índia, União Sul-Africana, Canadá, Espanha e Sião (apenas com 71 patacas).

Infelizmente não podemos, por falta de elementos estatísticos e pelo que respeita a países fornecedores da província, fazer em pormenor a devida comparação com anos anteriores.

No entanto, sabemos que a importação efectuada nos países estrangeiros tem sido, em globo, muito superior ao somatório dos fornecimentos de origem nacional, o que, aliás, não surpreende, dada a situação geográfica da província, a dois passos de Hong-Kong, Singapura, Japão e outros grandes centros comerciais, cujas indústrias, servidas por mão-de-obra barata, concorrem vitoriosamente com os mercados nacionais. Além disso, os preços dos fretes, calculados em função das distâncias, são, muito mais baratos, partindo as mercadorias de qualquer dos pontos indicados, quer da Europa ou mesmo da África e Índia Portuguesa.

Isto mesmo se pode observar atentando no quadro seguinte:

Há muito que se diz que a economia de Timor vale o que valer o seu café, como outrora valia o que lhe vinha do sândalo. O café é, de facto, quase tudo, não só pela sua quantidade como pela sua qualidade. Ocupa o primeiro lugar no quadro das exportações, seguido pela copra e pela borracha, mas estes muito distanciados do volume do primeiro.

O quadro que segue dá a nota da importância daquele a três produtos de exportação na economia da província no último quadriénio:

Como se vê, é de facto o café o produto de exportação de maior importância. As suas principais variedades cultivarias na província são a Arábica, a Robusta e a Libéria.

A produção da primeira variedade foi em 1958, segundo informação da província, dupla da dó ano anterior, com cerca de 1200 t, valor apenas ultrapassado no ano de 1950. Verificou-se, porém, em contrapartida, uma baixa na sua cotação, compensada, entretanto, pelo acréscimo do volume exportado.

As condições climatéricas não foram, porém, propícias à colheita da variedade Robusta, provocando, por isso, uma diminuição sensível na sua produção total, que atingiu apenas 600 t. Espera-se, contudo, para 1959 uma maior produção, dado que, ao que sabemos, aparentou aspecto excelente a floração desta variedade de café, que, devido à sua grande produtividade, tem levado os plantadores a fazerem novos plantios e, por vezes, a utilizarem parte das áreas onde plantaram a variedade Arábica.

O café Libéria é, por sua vez, preferido pelos mercados consumidores europeus, não excedendo, contudo, a sua produção, desde o pós-guerra cerca de 11 t apenas. Porém, os plantadores têm ultimamente dedicado uma cuidada atenção a esta espécie, procurando intensificar a sua cultura.

Segue-se um pequeno quadro elucidativo das quantidades de cada uma das três variedades de café exportadas por Timor em cada um dos anos do quadriénio 1955-1958: