Depois do café, segue-se, no quadro das exportações da província, á copra. Já dela se falou no princípio do presente capítulo, havendo apenas a ajuntar que a sua produção se estima actualmente numa média de 300 t anuais, estando a sua cultura e exploração confiadas aos nativos. A sua cotação subiu em 1958, pois que, embora exportando-se menos 38 t que no ano anterior, conseguiu-se em relação àquele ano um maior valor (+175 000 patacas).

Segue-se a borracha: a produção tem-se mantido estável nos últimos três anos- e a exportação aumentou em 1958 de 8 t, apenas, em relação a 1957.

Sabe-se, no entanto, por informações da província, que o número de árvores prontas a entrar em produção tem aumentado e que o seu aproveitamento não é total, por falta de mão-de-obra devidamente qualificada.

Todos os outros produtos, como se disse já e se pode, aliás, constatar no quadro que inserimos atrás, relativo aos produtos exportados pela província, ficam a grande distância , quer em tonelagem, quer em valor, dos três primeiros e já citados.

Todavia, um novo produto há que, embora presentemente não tenha ainda a importância suficiente para figurar no referido quadro, estamos crentes, pelas informações que nos chegam, será dentro de poucos anos uma nova fonte de riqueza de Timor. Trata-se do óleo de rícino.

Realmente, a procura deste óleo tem aumentado incessantemente, e, como o seu preço se apresenta bastante convidativo, está-se desenvolvendo na província um enorme interesse pela sua exploração sistemática, tanto mais que tanto o solo como as condições climatéricas se mostram favoráveis a tal cultura, a qual nalguns pontos se desenvolve até espontaneamente.

Posto isto, vejamos o destino dos produtos de exportação da província em 1958:

Tal como aconteceu quanto aos territórios fornecedores da província, também aqui nos vemos, por absoluta carência de elementos estatísticos referentes aos três primeiros anos do quadriénio de 1955-1958, impossibilitados de fazer qualquer comparação quantitativa ou económica entre os destinos que nesse quadriénio tiveram os produtos exportados por Timor. Todavia, e como complemento do quadro anterior, elaboramos a seguir um quadro-resumo em que tal comparação se faz segundo os três agrupamentos de territórios que mais interessantes reputamos para o fim em vista:

De registar, apenas o sensível aumento nas exportações para a metrópole e para o ultramar, cuja percentagem sobre o total das exportações excedeu largamente as registadas nos anos anteriores. Segue-se um quadro demonstrativo da oscilação da balança de pagamentos no último quadriénio:

Mostra-se particularmente indicador de um progressivo ritmo da produtividade o saldo positivo apurado em 1958 na balança de pagamentos da província, pois, embora relativamente diminuto, resulta, ao que sabemos, de um balanço em que a produção contribuiu para o Fundo Cambial com mais de quatro sextos das entradas, além de se terem cedido, para solver compromissos do comércio externo, perto de meio milhão de patacas a mais que no ano anterior.

Porém, conhecido o saldo e sabendo-se que em Timor não há praticamente operações de invisíveis, tal valor positivo fará, sem dúvida, espécie ao compararem-se os elementos estatísticos respeitantes à importação e exportação do mesmo ano.

Na realidade, como se viu já, a exportação não acompanhou o ritmo da importação na sua curva ascendente em relação ao ano anterior, pois que, embora não retrogradasse na mesma relação, acentuou-se, contudo, o desnível da balança comercial.