quentam a escola técnica, cujo edifício é já hoje demasiado pequeno para a massa escolar que o ocupa.

Com esse instituto seriam servidas ainda todas as escolas técnicas do Sul do País, em número de dezena e meia, e se ocorreria decerto à necessidade de formação de pessoal docente técnico, de que o ensino tanto necessita. Ao defender aqui este ponto de vista liada mais faço do que reforçar as palavras com que o Sr. Ministro da Educação Nacional antecedeu o diploma da criação das últimas novas escolas técnicas.

Tem de reconhecer-se que, localizados em Lisboa e Porto, os institutos existentes não poderão fazer face às necessidades do País, não somente porque o bom rendimento do ensino é incompatível, em escolas desta natureza, com frequências maciças, mas ainda porque a deslocação para aquelas duas cidades dos candidatos cujos famílias residam a distância dificulta o acesso à frequência de muitos que, possuindo a aptidão intelectual necessária, não dispõem de recursos económicos suficientes para suportar os encargos da deslocação. Há, pois, necessidade - acrescenta o Ministro - de criar novos institutos

Estou certo de que o Governo não deixará de considerar a situação geográfica e o propicio ambiente da cidade de Évora quando puder dotar o Paia com mais esses institutos, cuja necessidade se faz já hoje grandemente sentir. E com o seu instituto de estudos superiores e o seu instituto industrial e comercial Évora ficará se também se der execução ao decreto que nela criou em 1930 um conservatório e se se encarar sem dificuldades o ramo das belas-artes - com um quadro completo de estabelecimentos de ensino, onde novos valores se revelarão, de entre esses tantos que hoje ficam apenas em potência, com pesar nosso e prejuízo da Nação. E o voto feito pelo venerando Chefe Ao Estado na domus municipalis eborense de que o porvir de Évora seja equivalente ao seu glorioso passado será realidade.

Não posso, porém, deixar de acrescentai que, pedindo-se ao Governo tal esforço, tem também de pede-se à iniciativa privada de Évora que não demore a dotar a cidade com os hotéis, as pensões, os lares, os quartos, que serão necessários paru albergar uma massa escolar em crescente aumento e então maciça.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Júlio Evangelista: - Sr. Presidente, na sessão de 3 do corrente desta Assembleia tive a honra de me referir, com o devido louvor, aos diplomas que reformaram o regime jurídico dos espectáculos públicos e reorganizam os serviços da Inspecção dos Espectáculos. Aproveitei então a oportunidade para falar do contingente obrigatório de filmes portugueses, sugerindo que esta exigência fosse suspensa, dando-se, desse modo, satisfação a uma das mais insistentes reclamações das empresas exibidoras, plenamente justificada pela insuficiência da nossa produção cinematográfica.

O movimento de apoio que tal sugestão suscitou - sendo disso manifestações os telegramas que vêm sendo recebidos na Mesa, e que eu próprio tenho recebido -, esse movimento insinua que tal suspensão corresponde a uma ansiedade da classe exibidora. E assim é, de facto.

Sei, todavia, que o Governo está a encarar o assunto com o maior interesse e com o são critério que é costume pôr nos seus acto» e juízos Constituída, por uma portaria do Sr. Ministro da Presidência de 10 de Novembro último, a comissão incumbida de estudar as bases da nova Lei de protecção ao cinema nacional, entendeu-se que nessa revisão será a altura de dar forma legal às novas disposições sobre o contingente obrigatório.

Entretanto, pelo recente Decreto n.º 42 661, no seu artigo 97.º, foi suspenso o envio mensal dos mapas dos filmes exibidos, principal 97.º de fiscalização do comprimento do contingente. Que isto dizei que é intenção do legislador dar satisfação ao pedido geral dos exibidores, e só o não fez pela reforma de 20 de Novembro último por considerandos de pui a técnica legislativa. Aliás, já nos anos de 1958 e 1909, por despachos do Sr. Ministério da Presidência, foi suspensa a tal obrigatoriedade do contingente.

Com a maior satisfação avanço a minha convicção de que tal regime de suspensão vigorai á também em 1960.

E, pois, para me congratular que hoje pedi a palavra E fel icito-me por, desta mesma tribuna, me ser quase possível tranquilizar toda uma honrada classe de trabalhadores do cinema em Portugal.

Sei o papel que teve nisto o secretário nacional da Informação, a quem efusivamente saúdo E ao Governo, na pessoa desse admirável Ministro da Presidência, endereço desde já aã minhas homenagens e as minhas calorosas congratulações por este simpático acto de justiça.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

demasiadamente local, a não merecer a referência que deste lugar possa fazer-se-lhe.

Mas, no fundo, encerra aspectos que são lição e constituem exemplo que, podendo aproveitar a outros, interessa divulgar, e deste modo se justifica o comentário com que o anotamos nesta Assembleia.

Com efeito, quase meia centena de covilhanenses, possuídos de sadio e fecundo bairrismo, que os faz vibrar com as alegrias e sucessos, tanto como se amarguram com as insuficiências da sua terra, uniram as suas vontades e, congregando esforços, forjam um todo, que pôs de pé um empreendimento que a murtas se afigurai ia impossível de alcançar.

Aqui, como em tudo, se demonstrou, mais uma vez, como a coesão e a unidade vencem barreiras que as vontades isoladas não podem transpor.

Vozes: - Muito bem!