João de Brito e Cunha.

João Carlos de Sá Alves.

João Cerveira Pinto.

João Mendes da Costa Amaral.

João Pedro Neves Clara.

Joaquim Mendes do Amaral.

José Dias de Araújo Correia.

José Fernando Nunes Barata.

José de Freitas Soares.

José Garcia Nunes Mexia.

José Gonçalves de Araújo Novo.

José Guilherme de Melo e Castro.

José Manuel da Costa.

José Monteiro da Bocha Peixoto.

José Rodrigo Carvalho.

José Rodrigues da Silva Mendes.

José Sarmento de Vasconcelos e Castro.

José Soares da Fonseca.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Júlio Alberto da Costa Evangelista.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís Tavares Neto Sequeira de Medeiros.

Manuel Colares Pereira.

Manuel José Archer Homem de Melo.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel Nunes Fernandes.

Manuel Seabra Carqueijeiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Tarujo de Almeida.

D. Maria Irene Leite da Costa.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário Angelo Morais de Oliveira.

Mário de Figueiredo.

Martinho da Costa Lopes.

Paulo Cancella de Abreu.

Rogério Noel Feres Claro.

Sebastião Garcia Ramires.

Urgel Abílio Horta.

Virgílio David Pereira e Cruz.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 73 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 20 minutos.

O Sr. Presidente: - Estão em reclamação os n.ºs 142 e 143 do Diário das Sessões.

Pausa.

O Sr. Presidente:- Como nenhum dos Srs. Deputados deseja fazer uso da palavra, considero-os aprovados.

Deu-se conta do seguinte

Vários a apoiar as intervenções dos Srs. Deputados Franco Falcão e Cerveira Pinto em defesa das regentes escolares.

Vários a apoiar a intervenção do Sr. Deputado Rodrigo Carvalho sobre a situação da indústria têxtil.

Do Grémio da Lavoura de Coimbra a apoiar a intervenção do Sr. Deputado Augusto Simões em que pediu a criação de uma brigada agrícola em Coimbra.

O Sr. Presidente: - Enviado pela Presidência do Conselho, para cumprimento do disposto no $ 3.º do artigo 109.º da Constituição, encontra-se na Mesa o Diário do Governo n.º 10, 1.ª série, de 14 do corrente que contém os Decretos-Leis n.ºs 42 805, que aprovou o Regulamento das Disposições de Segurança Relativa à Indústria e Comércio de Armamento, Munições e Explosivos e revoga os artigos 3.º e 17.º do regulamente aprovado pelo Decreto-Lei n.ºs 41 764, e 42 806, que define os atribuições da autoridade nacional de segurança O. T. A. N., cargo previsto no n.º 14 do Anexo C do documento C-M (55) 15 (Def.) da Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado Paulo Cancella de Abreu.

O Sr. Paulo Cancella de Abreu: - Sr. Presidente: não sei, Sr. Presidente, não sei se o estado de espírito e o coração a sangrar me vão permitir articular alguma:, palavras de homenagem ao antigo Deputado Dr. Artur de Morais Carvalho, pelo menos como ela lhe é devido e os seus méritos solicitam. É que perdi um grande, e maior amigo, amigo como irmão e de sempre.

Em Coimbra, com um meu irmão querido, vivemos na mesma casa, eles no seu 5.º ano e eu no 1.º de Faculdade, a cuja cátedra não ascendeu, porque, podendo ser tudo, nunca de tanto, como de nada, teve aspiração.

Depois, em Lisboa, durante mais de 40 anos, juntos estivemos, até no dia da sua morte, no mesmo escritório de advogados e simultaneamente, encontrámo-nos nos conselhos políticos da Causa Monárquica, na direcção da antiga e nobre Associação dos Advogados de Lisboa e nos conselhos directivos da sua Ordem, de que foi presidente, elevado e honroso título a que ascendeu pelo seu aprumo moral e por seus méritos de jurisconsulto e de profissional e em que prestou assinalados serviços à sua classe, nomeadamente preparando e tornando possível, de colaboração com o Dr. Sá Nogueira, a Caixa de Previdência da Ordem, que o Ministro da Justiça Prof. Cavaleiro de Ferreira criou e é já uma instituição próspera, segura e valiosa.

Depois, aqui, sim, também aqui na Câmara dos Deputados, mais uma vez nos encontrámos na legislatura de 1922 a 1925, como Deputados por Lisboa, formando uma minoria monárquica com o conselheiro Aires de Ornelas, um dos grandes das campanhas de África, antigo Ministro da Marinha e do Ultramar, e então lugar-tenente de El-Rei, e os Drs. Manuel Duarte, Jaime Duarte Silva e Artur Carvalho da Silva. Restávamos os dois. Resta um só.

Foi ele o primeiro a chegar ao fim da nossa jornada. A morte, lei implacável da vida, cortou-lhe o caminho. Parece que Deus, por ser eu o pior, quis reservar-me, como penitência, esta dolorosa provação!

Homem perfeito, homem completo na pura acepção da palavra, Morais Carvalho legou aos outros homens o grande exemplo de um somatório ímpar de virtudes: na sua quantidade, dificilmente transponíveis; na sua qualidade, raramente igualadas.