João Carlos de Sá Alves.

João Cerveira Pinto.

João Mendes da Costa Amaral.

Joaquim Mendes do Amaral.

Joaquim Pais de Azevedo.

Joaquim de Pinho Brandão.

José António Ferreira Barbosa.

José Dias de Araújo Correia.

José Fernando Nunes Barata.

José de Freitas Soares.

José Garcia Nunes Mexia.

José Gonçalves de Araújo Novo.

José Guilherme de Melo e Castro.

José Hermano Saraiva.

José Manuel da Costa.

José Monteiro da Bocha Peixoto.

José Rodrigo Carvalho.

José Rodrigues da Silva Mendes.

José Sarmento de Vasconcelos e Castro.

José Soares da Fonseca.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Júlio Alberto da Costa Evangelista.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís Tavares Neto Sequeira de Medeiros.

Manuel Cerqueira Gomes.

Manuel Colares Pereira.

Manuel José Archer Homem de Melo.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel Nunes Fernandes.

Manuel Seabra Carqueijeiro.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Manuel Tarujo de Almeida.

Mário Angelo Morais de Oliveira.

Mário de Figueiredo.

Martinho da Costa Lopes.

Paulo Cancella de Abreu.

Rogério Noel Peres Claro.

Sebastião Garcia Ramires.

Simeão Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães.

Urgel Abílio Horta.

Virgílio David Pereira e Cruz.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 82 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 20 minutos.

O Sr. Presidente: - Está em reclamação o Diário das Sessões n.º 144 do 19 do corrente.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Como nenhum dos Srs. Deputados deseja fazer qualquer reclamarão sobre o citado Diário das Sessões, considero-o aprovado.

Deu-se conta do seguinte

Vários a apoiar as intervenções dos Srs. Deputados Cerveira Pinto e Franco Falcão em defesa das regentes escolares.

Do Grémio da Lavoura de Montemor-o-Velho a apoiar a intervenção do Sr. Deputado Augusto Simões a pedir a criação de uma brigada agrícola em Coimbra.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra antes da ordem, do dia o Sr. Deputado Carlos Coelho.

O Sr. Carlos Coelho: - Sr. Presidente: na semana, passada, através de unia elucidativa intervenção do nosso ilustre colega engenheiro Rodrigo Carvalho, a Assembleia tomou conhecimento das fortes apreensões e manifesto desalento existentes na indústria algodoeira, pelo agravamento dos direitos de importação de um certo número de máquinas utilizadas naquela indústria,, como consequência da alteração das pautas ultimamente decretada.

O relato daquele Sr. Deputado impressionou então vivamente a Assembleia, e se hoje, no uso da palavra que me foi dada, venho corroborar as considerações já. produzidas, em sucinto apontamento, que respeita a» mesmo assunto, faço-o menos pela necessidade de aduzir novas razões do que pelo desejo de esclarecer a Câmara de que o problema em causa tem ainda maior amplitude, e portanto maior gravidade, do que poderia deduzir-se do depoimento que ouviu há oito dias, pois se estende também a outras actividades industriais.

Com efeito, os prejuízos invocados para a indústria, têxtil algodoeira irão, de igual modo, s talvez ainda em maiores proporções - em face da nova modalidade de tributação e porque utiliza maquinismos mais valiosos -, afectar um outro importante sector fabril da Nação: o da indústria de lanifícios.

Se me torno aqui mais uma vez porta-voz de aflitivas, preocupações dos industriais de lanifícios, faço-o com a arreigada convicção de que pleiteio por interesses legítimos, que transcendera um sector confinado para se situarem em inequívoco plano nacional.

Nem se poderá dizer que assumo nesta Casa uma posição da obstinada e sistemática defesa.

Relembro que ainda há meses, quando me pareceu decorrerem vagarosamente as negociações entre as federações de grémios e os sindicatos nacionais da indústria de lanifícios para a celebração de um novo contrato colectivo de trabalho, que seria, paru além de outras normas, o instrumento regulador de uma imperiosa actualização dos salários do seu pessoal, deste mesmo lugar me insurgi contra o lento caminhar das. coisas, apontando a urgente necessidade de se atingir uma decisão rápida.

O Orador: - E não me contentei com essa intervenção; no mesmo sentido realizei muitas outras diligências.

O contrato colectivo de trabalho do pessoal da indústria de lanifícios foi assinado e vigora desde l de Novembro do ano findo.

Inclui o necessário reajustamento de salários, e por mor dele se concederam novos e amplos benefícios às gentes trabalhadoras. Para tanto teve a entidade patronal de assumir pesados encargos. Mas fez-se obra de justiça ti paz social. E esses suo alguns dos grandes objectivos da política por que nos batemos.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Pareceu-me bem relembrar este passa recente de um sector da produção que na sua totalidade e desde os seus primórdios voluntariamente se integrou na organização corporativa.

Sr. Presidente e Srs. Deputados: é quase um lugar-comum falar-se da grave encruzilhada em que se encontra a indústria do nosso país e do decisivo papel, que lhe está reservado nos destinos económicos da Nação.