José de Freitas Soares.

José Garcia Nunes Mexia.

José Guilherme de Melo e Castro.

José Hermano Saraiva.

José Manuel da Costa.

José Monteiro da Rocha Peixoto.

José Rodrigo Carvalho.

José Rodrigues da Silva Mendes.

José Sarmento de Vasconcelos e Castro.

José Soares da Fonseca.

José Venâncio Pereira Paulo Rodrigues.

Laurénio Cota Morais dos Reis.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Luís Maria da Silva Lima Faleiro.

Manuel Colares Pereira.

Manuel José Archer Homem de Melo.

Manuel Maria Sarmento Rodrigues.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

D. Maria Irene Leite da Costa.

D. Maria Margarida Craveiro Lopes dos Reis.

Mário Angelo Morais de Oliveira.

Mário de Figueiredo.

Martinho da Costa Lopes.

Paulo Cancella de Abreu.

Purxotoma Ramanata Quenin.

Sebastião Garcia Ramires.

Simeão Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães.

Urgel Abílio Horta.

Virgílio David Pereira e Cruz.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 73 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 20 minutos.

Deu-se conta, do seguinte

Do presidente da Câmara Municipal de Fafe a apoiar a intervenção do Sr. Deputado Duarte do Amaral acorra da criarão do hospital regional de Guimarães.

O Sr. Presidente: -Está em reclamação o Diário das Sessões n.º 153 de 17 do corrente.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Como nenhum Sr. Deputado deseja, fazer qualquer reclamarão, considero-o aprovado.

Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado Amaral Neto.

O Sr. Amaral Neto: - Sr. Presidenta: pedi a palavra para me ocupar de problemas das inundações no vale do Tejo, e ao considerar que já dois ilustres colegas nossos e comprovincianos meus se ocuparam do assunto e que dos três serei o menos apto a dar-lhe o relevo que merece ...

Vozes: - Não apoiado!

O Orador: - ... e a captar para ele de novo benevolência da vossa atenção sinto-me francamente enleado; mas anima-me pensar que versarei aspectos ainda não tratados e portanto dignos de que solicite para, o vosso cuidado.

Não virei, na verdade, ocupar-me do efeito destas calamidades sobre a economia das empresas regionais - efeito alias ate agora mal entendido quiçá ate pelas próprias vitimas quanto á lavoura que primeira e mormente o sofre -, embora traga ainda os olhos cheios do espectáculo desolador daqueles campos feracissimos, em parte amortalhados em vastos lençóis de agua pela vez em curtas semanas este tem sido bastante saliente para o seu repisar mais uma vez por orador da minha pouca força poder aparecer a VV. Exa. Como outra calamidade da invernia!

Vozes: - Não apoiado!

aldeias que a água circunda a perder de vista como as há sobretudo na margem direita só a esmola em dinheiro ou géneros pode atenuar a desgraça dos pobres embora sempre resulte desmoralizadora e ineficaz porque toca sempre mais aos mais atrevidos. O caso seria para se estabelecer um sistema de seguros, porém duvido de que possa encontrar-se modalidade praticável perante risco tão incerto e irregular. Mas que o seu exame atento é digno das atenções dos responsáveis pelo bem-estar rural e pela justiça devida aos trabalhadores isto certamente é!

O Sr. Rodrigues Prata: - Muito bem!

O Orador: - Não é, pois, a alertar os Srs. Ministros da Economia ou das Corporações que hoje venho; os das Obras Públicas e das Comunicações, sim!

Atribui-se ao general De Gaulle, que nos seus doze anos de exílio provinciano parece ter acumulado grande cabedal de nobre sabedoria, o conceito de que os problemas não se resolvem, antes há que viver com eles.

Pois direi do mesmo modo que se os problemas do vale do Tejo, filhos dos transbordamentos do rio não são de resolver com facilidade ou sem dispêndios enormes, há que nos organizarmos para vivermos com eles limando-lhes as manifestações mais aceradas.

Podem contar-se entre as primeiras destas os arrombamentos de margens e de obras de fixação do leito do rio, que abrem os campos cultivados a todas as violências de correntes devastadoras.

Depois do estudo famoso do padre Estêvão Cabral, que para informação da Academia das Ciências tão inteligentemente estudou os problemas do Tejo há quase 200 anos, durante a segunda metade do século XIX e o primeiro terço do nosso, mesmo nos tempos em que menos se atendia aos melhoramentos de interesse público, imenso trabalho se processou no vale do Tejo, destruindo mouchões, conquistando terrenos, fixando