O quadro pode ser completado para 1958 com cifras relativas ao imposto acima mencionado.
A última coluna assumirá a forma que segue:
Como se nota, o imposto que teve menor desenvolvimento foi a contribuição predial, que não dobrou desde 1938.
O comportamento dos dois impostos da contribuição predial e industrial depende da evolução dos rendimentos colectáveis.
A subida dos que se referem à contribuição predial tem sido muito lenta, em especial no que se refere à propriedade rústica.
Rendimentos colectáveis
O seu valor, que era da ordem dos 957 000 contos em 1938, aproxima-se dos 2 248 000 contos em 1908. Adiante se darão pormenores sobre este valor.
Mas no caso da contribuição predial rústica os rendimentos colectáveis pouco aumentaram.
Ultimamente, com o cadastro, a sul do Tejo, e com a reavaliação de prédios, os rendimentos colectáveis subiram um pouco, arredondando-se em 1 336 000 contos em 1958, contra 94 000 contos em 1938. E de notar que neste ano os rendimentos colectáreis da propriedade urbana e rústica eram quase iguais - havia entre eles apenas a diferença de 8000 contos. Em 1958, porém, a diferença subiu para 912 000 contos. Esta nota dá ideia do caminho andado pela propriedade urbana e mostra até certo ponto que não é brilhante a situação da propriedade rústica.
Dão-se a seguir os valores dos rendimentos colectáveis nas contribuições predial e industrial s nos impostos do transmissões. Nalguns a evolução contém-se acima da do nível de preços. É fácil verificar as excepções.
Contribuição predial
Não se pode dizer que seja apenas uma desactualização de matrizes a cansa da fraca receita da contribuição predial rústica. Há outras causas relacionadas com a produção e com os preços dos produtos agrícolas e grande disparidade com os de natureza industrial que concorrem para a lenta ascensão dos rendimentos colectáveis.
Seria muito interessante publicar, se porventura existem, as contas de exploração relativas a 1938 e a 195S referentes aos produtos que mais influem na actividade agrícola e ao mesmo tempo isolar nessas contas os custos dos produtos de natureza industrial utilizados nos dois anos. Relacionando essas coutas u esses preços com os dos produtos agrícolas em 1938 e em 1958, ler-se-á porventura a explicação do lento progresso dos rendimentos colectáveis e da contribuição predial e do fraco contributo do agricultura na formação do produto nacional bruto.
A seguir dão-se os índices do progresso nas contribuições prediais urbana e rústica em certo número de anos, na base de 1338 = 100.