Construção de edifícios O ritmo da construção no distrito de Lisboa acentuou-se em 1958. Neste ano o número de prédios construídos (com licença de utilização) subiu para 1065, que se compara com 394 em 1957. O aumento foi, pois, muito grande. É verdade que o ritmo da construção se acentuou também no Porto e na província, mas não atingiu em parte alguma o de Lisboa. A diferença é notável no número de prédios, no número de pavimentos e na superfície coberta, como se observa no quadro que segue:

(a) Edifícios construídos para os quais foi passada licença de utilização.

A construção civil intensificou-se em 1958 em todo o País, mas mais acentuadamente em Lisboa, onde se construíram 1065 edifícios, mais do dobro do ano anterior. A proporção do aumento de pavimentos e superfície coberta não foi, porém, tão grande.

Tomando os números do quadro, podem determinar-se as médias da superfície coberta por edifício, que são relativamente baixas: 125 m2, 103 m2 e 91 m2, respectivamente para Lisboa, Porto e província.

Lisboa é também o distrito onde é mais alta a média dos pavimentos por edifício.

Prédios urbanos O exame do quadro respeitante à construção urbana justifica até certo ponto as cifras relativas ao número de prédios nos diversos distritos do País. Esses números já foram oferecidos num quadro geral acima publicado. Convém, porém, isolar alguns distritos, à semelhança do que se tem feito com prédios rústicos.

No longo período que veio desde 1936 podem notar-se as diferenças. A maior está, como era de prever, no distrito de Lisboa, com 112 988 prédios em 1936 e 146 366 em 1958.

Contribuição predial e rendimentos colectáveis Pode agora comparar-se a contribuição predial do conjunto com os rendimentos colectáveis e determinar-se a evolução de um e outros durante largo espaço de tempo, como o que decorre de 1938 até agora.

No quadro a seguir consideram-se as propriedades rústica e urbana, os rendimentos colectáveis o a contribuição predial liquidada desde 1938:

A contribuição predial rústica, que tem vindo a subir lentamente, melhorou bastante em 1958. A razão parece ter sido a entrada em regime de cadastro de onze concelhos, aperfeiçoamentos nas colectas das matrizes e melhores cuidados na cobrança.

O aumento na liquidação da contribuição predial urbana foi maior este ano do que em anos anteriores, e parece ter sido devido principalmente a terem cessado isenções legais em alguns prédios e a inscrição matricial de prédios novos.

Repartição da contribuição predial A contribuição predial urbana, com 125 191 contos em Lisboa, é, como se verificou, a mais produtiva, e este distrito apresenta mais de metade nas liquidações.

Inserem-se a seguir os números das contribuições prediais rústica e urbana e as relações entre uma e outra: