perto de 30 por cento e representa cerca de 10 por cento das receitas ordinárias, que se arredondam em 8 378 000 contos. A contribuição industrial é, assim, o imposto mais produtivo no orçamento. A cobrança da contribuição industrial tem evoluído favoravelmente, com receitas em contínuo aumento.

Partindo de 189 800 contos em 1938, atingiu 825 700 contos em 1U58. O índice, na base de 1938 = 100, é de 434.

A seguir indica-se a evolução da contribuição industrial:

Dada a origem da contribuição, que se distribui por comércios, bancos, seguros, indústrias transformadoras e outras, transportes, diversos serviços e mais actividades, não é fácil relacionar o que cada uma concorre para o produto interno bruto com a contribuição industrial.

Considerar-se-ão apenas, nos números que seguem, as indústrias.

Pretende-se saber qual a comparticipação destas indústrias no produto interno. A comparação das cifras obtidas com as da contribuição liquidada pelas indústrias dará ideia da sobrecarga fiscal que por este capítulo recai sobre vias.

Os números seguintes definem a comparticipação das indústrias no produto interno:

(a) Os valores desta coluna não incluem os referentes às indústrias extractivas.

A percentagem das indústrias no produto interno bruto ao custo dos factores tem-se mantido nos últimos anus entre 42 e 43, numa leve ascensão desde 1905, com ligeira quebra em 1957. A influência das indústrias extractivas, que se não incluem no quadro, é muito pequena e apenas se faz sentir em épocas de crise, quando só intensifica a extracção de metais estratégicos, como o volfrâmio. A sua influência destaca-se no quadro a seguir, que também inclui as indústrias extractivas:

(a) Os valores desta coluna incluem os referentes ás Indústrias extractivas.

Em 1952 e 1956 a percentagem do produto interno bruto subiu acima de 43,12, para descer para 43 dois anos depois. De todas as indústrias, as transformadoras e de construção ocupam uma posição dominante. Em 1958 contribuíram com cerca de 19 700 000 contos para a formação do produto interno bruto.

A fim de melhor esclarecer este assunto, vale a pena determinar qual a sua influência na formação do produto interno bruto numa longa série de anos, para depois a comparar com a sua comparticipação na contribuição industrial.

A evolução do produto interno bruto, ao custo dos factores das indústrias transformadoras e de construção, consta do quadro que segue:

Se forem comparados estes números com os do quadro anterior, nota-se a enorme importância das indústrias transformadoras e de construção. Adiante se publica o seu contributo para a contribuição industrial:

Assim, a importância paga pelas indústrias transformadoras e de construção para a contribuição industrial anda à roda de 1,6 por cento do produto bruto.