O imposto sobre a indústria da pesca diminuiu para 65043 contos, menos 4190 contos do que em 1957. A baixa teve lugar no imposto do pescado, que produziu 63 767 contos em 1958. O imposto sobre a indústria e venda de tabaco teve a receita de 217 839 contos, cerca de 43 931 contos mais do que em 1957.

Este aumento de receita deve-se a remodelação do contrato dos tabacos.

O vício do tabaco rende para o Estado 509 525 contos. O acréscimo em 1958 foi bastante grande, como se nota no quadro seguinte em coutos. Ele dá a soma das diversas receitas dos tabacos cobradas anualmente.

As alterações no regime dos tabacos reduziram a origem das receitas a duas rubricas. Ambas aumentaram substancialmente.

Proveniência do tabaco Todos os anos se faz menção nestes pareceres da origem dos tabacos consumidos no País e se acentua a necessidade de desviar as importações para o ultramar português.

Está provado existirem lá condições propícias à produção de boas ramas e já se encontra em funcionamento a aparelhagem indispensável à selecção e seca da folha.

A indústria dos tabacos em 1958 importou 5 688 521 kg de tabaco em folha, no valor de 163 811 contos. Não se incluem nestes números os que dizem respeito à importação de charutos, cigarras e tabaco picado, que foram, respectivamente, em valor, 4034 contos, 4087 coutos e 392 coutos, provenientes dos Estados

Unidos, Reino Unido, Holanda, Cuba e outros países. De Angola e Moçambique vieram apenas 5033 contos. A exportação de tabaco manipulado foi de 1999 contos, indo 19G3 contos para o ultramar, principalmente para a Guiné (1755 contos).

A importação de tabaco representa uma quantia relativamente grande no comércio externo e parece ser possível reduzi-la apreciavelmente, dadas as aptidões de alguns territórios nacionais, já conhecidas, para a sua cultura.

Em 1958 a importação distribuiu-se como segue:

Vê-se, pelos números, que grande parte do tabaco consumido em Portugal provém dos Estados Unidos da América e que o seu preço por quilograma é muito superior ao tabaco de outras origens. O preço da folha proveniente de Moçambique é de dois terços e o de Angola de um terço do tabaco importado dos Estados Unidos.

Atribui-se a preferência do tabaco norte-americano à sua qualidade intrínseca em relação ao gosto do consumidor português.

Deve haver um certo fundo de verdade nesta presunção, que, entretanto, não convence totalmente quando se consideram as quantidades importadas daquele país em relação às que provêm de territórios nacionais. Aliás, contratos com outros países são contrários à presunção acima formulada.

Os maiores exportadores de tabaco. em folha para Portugal foram, nos últimos anos, com valores expressos em contos, os mencionados no mapa apresentado a seguir: