As contas Os depósitos da Caixa em 31 de Dezembro de 1958 atingiram 11 170 000 contos, dos quais 8 527 000 contos representam depósitos à vista. No mesmo dia o crédito concedido pela Caixa, excluindo os investimentos em títulos do Estado, elevava-se a 7 604 106 contos.

O aumento de depósitos em relação a 1957 foi, assim, de 582 000 contos e o do crédito, sem considerar as inversões em títulos, arredondou-se em 571 405 contos. Esta cifra refere-se aos serviços privativos da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência e não inclui a maior valia verificada na Caixa Nacional de Crédito, proveniente doa seus fundos de reserva.

Pode dar-se uma ideia geral do movimento de crédito da Caixa Geral de Depósitos, apresentando as principais cifras. Assim, as operações ligadas directamente ao fomento da produção somaram 3 245 486 contos, os financiamentos por empréstimos ao Estado, corpos administrativos e outros subiram para 2 252 396 contos; as operações do crédito hipotecário relacionadas também com o problema da habitação em Lisboa e na província atingiram a soma de 2 106 224 contos.

De um modo geral acentuou-se a subida, tanto nos depósitos como no crédito, tendo-se atingido em 1958 as cifras mais altas, quer numa, quer noutra destas operações da Caixa. De modo que os lucros, assim como a participação do Estado nesses lucros, alcançaram a maior cifra atingida até hoje, ou 49 354 contos. Fizeram-se amortizações em diversos fundos e desviaram-se quantias importantes para a construção de novos edifícios (36000 contos), para renovação de material (8500 contos), fundo de previsão (18900 contos) e fundo de flutuação de títulos (20 189 contos), além de reforço do fundo de reserva (12 338 contos).

Todas estas amortizações tenderam a melhorar a posição da Caixa. A política seguida parece corresponder às necessidades do meio financeiro. A existência de uma instituição em condições de poder intervir no mercado em épocas difíceis, como já acon teceu algumas vezes na longa vida da Caixa, parece ser uma das razões, ou talvez se possa dizer melhor, uma das necessidades da política segura e prudente seguida até hoje.

Depósitos na Caixa Os depósitos totais na Caixa atingiram 11 170 000 contos em 31 de Dezembro de 1958, o que representa mais 582 000 contos do que em igual dia do ano anterior. A quase totalidade do aumento deu-se nos depósitos à vista (mais 523 000 contos).

O movimento de depósitos na Caixa desde 1948 consta do quadro que segue, em milhares de contos.

Todas as verbas têm relevância, mas as dos depósitos à vista, em que se incluem as poupanças de grande número de indivíduos de todas as classes, merece um comentário especial. Aumentou de 523 000 contos, atingindo a casa dos 8 500 000 contos. Destes, mais de 6 500 000 contos pertenciam a particulares. A conta dos depósitos obrigatórios tem ascensão mais lenta e está sujeita a grandes flutuações, pelos motivos já explicados em pareceres anteriores.

É digna de registo a acentuação do volume de depósitos voluntários à vista de particulares, que em 1958 aumentou de perto de 400 000 contos (381 000 contos).

No quadro a seguir indicam-se os depósitos à vista e a prazo nos últimos anos:

A conta dos depósitos a prazo está a extinguir-se, devido à baixa taxa de juro que vencem e à tendência para acumulação da poupança em depósitos mobilizáveis de um momento para outro. Seguindo a tradição destes pareceres, publica-se n seguir uma nota das principais aplicações do crédito concedido pelos serviços privativos da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência.

(a) Credora.