Os dois maiores acréscimos deram-se na rubrica que engloba os subsídios a diversos organismos, como os que se relacionam com higiene rural, defesa anti-seznnática, dispensários centrais de higiene social, Instituto de Higiene e outros.

Como se notou acima, as taxas de mortalidade não se distribuem uniformemente pelo País.

Há zonas no Sul e no Centro em que são baixas; há outras, predominantemente no Norte - em Braga, Vila Real e Bragança -, em que continuam ainda a ser altas. Uma das razões deste fenómeno reside nos hábitos de asseio e nas condições higiénicas das povoações e em especial do abastecimento de água. Recomendou-se já aqui a defesa das novas realizações com zonas de protecção de fontanários e nascentes, embora sem grandes resultados até agora. Há ainda casos anómalos que necessitam de ser vistos, porque poderá redundar em pura perda o gasto de somas apreciáveis em novos abastecimentos. Embora hoje já seja mais raro do que em passado relativamente recente, ainda há surtos de doenças infecciosas, como a febre tifóide, que poderiam ser evitados.

Do mesmo modo torna-se necessário melhorar a fiscalização em centros industriais. Neste aspecto têm-se tomado medidas de interesse nalgumas cidades, entre as quais Lisboa, e os resultados são encorajadores. É evidente que o problema é difícil de resolver, e só poderão obter-se resultados benéficos quando for possível evitar a aglomeração em dormitórios formados por quartos acanhados, como ainda hoje acontece. Se é impossível, no ponto de vista material, descongestionar rapidamente as populações de algumas cidades, dado o êxodo que infelizmente e sem travão se está a operar da província para Lisboa, Porto e arredores, é ao menos possível impor regras higiénicas nos acanhados espaços agora utilizados.

Pessoal da saúde Lisboa, Porto e Coimbra atraem a maior parte do pessoal da saúde. Nas duas grandes cidades do Norte e do Sul exercem clínica e prestam serviço mais de metade do número de médicos e enfermeiros do Paia. Só Lisboa dá serviço a mais de um terço.

A seguir publica-se a distribuição do pessoal da saúde por distritos:

Seria naturalmente de esperar que os distritos de Lisboa, Porto e Coimbra tivessem percentagens maiores em matéria de pessoal da saúde, dada a natureza dos seus hospitais e a existência de Faculdades de Medicina. Mas a concentração, pelo menos quanto a Lisboa e Porto, é desproporcionada, como indicado pelos números. A assistência médica em muitas zonas do País deixa ainda muito a desejar. As três cidades universitárias têm um pouco menos de 70 por cento do total.

Assistência pública O desenvolvimento dos serviços do assistência tem sido um factor de relevo no progresso da, saúde. Ainda este ano houve aumento de 25 985 contos nus dotações, que já atingem perto de 500 000 contos.

Já se disse que nos últimos doze anos os serviços de assistência mais do que dobraram os seus gastos. Aumentaram desde 1950 cerca de 256 000 contos, o que é notável, consideradas as restantes dotações do orçamento do Estado.

Contudo, ainda há deficiências, em especial na assistência hospitalar e na luta contra a tuberculose.

É evidente, porém, que os subsídios do Estado para obras de assistência hospitalar e outras não podem resolver todos os problemas. Uma acção educativa orien-