de Medicina. Houve diminuições em outras dependências.

Finalmente, na Universidade Técnica deu-se o aumento muito pequeno, de 61 contos, o que é paradoxal.

Examinar-se-ão as cifras mais adiante. O relator dedica todos os anos algum espaço ao comentário das dotações das Faculdades da Ciências.

Munia época em que a vida política e social repousa sobre 05 consideráveis progressos das ciências puras e aplicadas, as Faculdades de Ciências e os Institutos Superiores Técnicos desempenham uni papel de primeira grandeza. Do seu labor, quer académico, quer de investigação, podem resultar consideráveis benefícios para a comunidade.

Às nossas Faculdades de Ciências estão mal dotadas e imperfeitamente organizadas. Os progressos, tanto na distribuição de dotações como na organização material interna, incluindo as próprias instalações, deixam muito a desejar. Parece não haver entre nós mentalidade que compreenda as funções das Faculdades de Ciências e o carácter do ensino ressente-se de indiferenças nesta matéria.

Os pareceres todos os anos insistem sobre este ponto, que é fundamental. O que está a fazer-se em quase todo o Mundo a respeito do ensino das ciências é a prova da razão das lamentações feitas há longos anos neste lugar.

Uma vez mais se publicam os números relativos ao custo das Faculdades de Ciências de Lisboa e Coimbra, distribuído por pessoal, material e diversos encargos.

O índice de aumento de despesa desde 1938 é de apenas 272 contos para a Faculdade de Lisboa. Viu-se acima que o do Ministério subia a 363. O de Coimbra ainda é inferior. Por aqui se avaliará a situação actual das Faculdades.

O aumento de despesa entre 1957 e 1958 foi muito pequeno, apenas 61 contos, e teve lugar todo ao Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, que gastou mais 171 contos, absorvendo assim algumas menores valias em outras escolas.

Os números discriminados são os que seguem:

A Universidade Técnica em 1938 tinha a despesa de 6376 contos. O índice de aumento foi, pois, de 291, também inferior ao do Ministério, considerado no conjunto. Podem aplicar-se a esta Universidade os comentários feitos no exame das Faculdades de Ciências. Na instrução artística há a considerar as escolas e academias de belas-artes, os museus, os conservatórios, as bibliotecas e os teatros. A despesa tem aumentado nos últimos anos. Não deva julgar-se que a verba inscrita e paga em couta desta Direcção-Geral compreende tudo o que o Estado despende com instrução ou educação artística. Há outras verbas, sob a designação de subsídios, incluídas nas contas da Secretaria-Geral e Instituto de Alta Cultura, como sejam os subsídios a orquestras, a orfeões e coros.

Excluindo estas verbas, ás despesas elevaram-se a 21 478 contos, distribuídos na forma que segue:

Contos

A diferença para mais no ano de 1958 em relação a 1907 é de 1861 contos. Já se notara o ano passado um acréscimo sensível em relação a 1956, mas naquele ano comprou-se um imóvel para o Museu de Arte Antiga.

Verificaram-se aumentos apreciáveis nas duas escolas de belas-artes de Lisboa e Porto. Dobraram a sua despesa, que andava à roda de 700 contos e passou para quantia superior a 1400 contos.