Mas não se cometam exageros neste aspecto da viria nacional, que está ligado a outros de profundas repercussões no bem-estar social. À industrialização vale se for conduzida em termos económicos. Montar fábricas ou instalações dispendiosas, mal localizadas, com preços de custo dos produtos que de antemão se sabe estarem muito acima do preço europeu ou mundial, em percentagens que se podem elevar a 40 ou 50 por cento, é, evidentemente, condenar as gerações futuras ao consumo de produtos caros.

A economia é hoje um todo harmónico constituído por preços que se entrelaçam e sofrem influências contraditórias. A acção no conjunto de indústrias parasitárias ou a má articulação das peças de uma engrenagem complexa pode levar a efeitos perturbadores do bem--estar.

Nunca deve ser esquecido que no estado actual do poder de consumo, e para dimensão adequada, uma parte das novas indústrias terão de procurar mercados externos para as suas produções, em regime de concorrência. < p> Se prosseguirem os esforços no sentido de melhor integração das economias ocidentais, a produtividade desempenhará de futuro um papel ainda mais saliente do que agora.

O custo será o factor principal.

Algumas experiências demonstraram a falácia de instalar indústrias de preço de custo alto. Convém, pois, não nos firmarmos apenas em vãos entusiasmos de industrialização a todo o custo.

O País precisa de refundir, sem perda de tempo, a sua organização industrial, substituir a maquinaria antiquada, reformar a organização, escolher novos processos de fabrico, educar um escol técnico eficiente, adaptar, enfim, a orgânica industrial aos progressos

modernos. Mas n base de todo p trabalho a realizar, que é grande e altamente especializado, tem de ser o custo do produto e quanto mais largas forem as possibilidades de concorrência entre as diversas indústrias dentro de um sistema de condicionamento que impeça a anarquia melhores serão os resultados no futuro. Dadas as condições actuais, este trabalho tora de sor apres-

Nunca deve, porém, esquecer-se que uma renovação industrial que não teuha em conta as actividades agrícolas está irremediavelmente condenada a insucesso. E o país que o permitir sofrerá grandes dificuldades no futuro.

As contas As despesas do Ministério atingiram 275 754 contos, mais 22 G81 contos do que em 1057. As variações mais relevantes deram-se no aumento do Fundo de Exportação, que passou de 45 000 contos para 60 000 coutos, nos serviços agrícolas, que subiram mais 3988 contos, nos serviços pecuários, que gastaram mais 2308 contos, e, finalmente, no abono de família, que teve a maior valia de 1272 contos.

A soma destes aumentos junta ao da Direcção-Geral do Comércio ultrapassa os 22 681 contos acima referidos. A diferença proveio de menores variações com sinal positivo e negativo verificadas noutros serviços.

Pode, pois, dizer-se que o acréscimo de despesas no Ministério foi da ordem dos 7681 contos (subtraindo o aumento no Fundo de Exportação) e que esse acréscimo se deve essencialmente a maiores gastos nos serviços agrícolas e pecuários.

Adiante publica-se um quadro que dá as despesas dos diversos serviços e as respectivas variações em 1958 em relação a 1957 e a 1938: