O Ministério da Economia foi criado em 1940. Na coluna de 1938 agruparam-se os órgãos que formaram o novo Ministério. Além das despesas ordinárias acima enumeradas, o orçamento do Ministério inclui verbas que de ano para ano se tornam mais volumosas e dizem respeito a diversas actividades orientadas pelo Ministério. Para se ter ideia do esforço realizado no sentido de melhorar a economia nacional também se deviam adicionar algumas quantias utilizadas pelo Ministério das Obras Públicas, como as que se referem a hidráulica agrícola e outras.

Considerando apenas as despesas que se inscrevem no orçamento deste Ministério, obtém-se o total de 450 367 contos, assim discriminado:

Contos

Subs. Junta Geral do Dist. Autónomo de Angra do Heroísmo . 900

O acréscimo em relação a 1957 foi da ordem dos 49 000 contos. Pertencem 22 681 contos às despesas ordinárias e 26 193 contos às extraordinárias. Nestas produziram-se aumentos sensíveis no povoamento florestal, que elevou os seus gastos para 103 921 contos, e nas despesas de distribuição de electricidade ao« pequenos aglomerados rurais. Houve, além disso, dois subsídios às Juntas Gerais dos Distritos Autónomos de Angra do Heroísmo e Funchal para auxiliar a electrificação de suas áreas.

A tendência das despesas neste Ministério é para aumento. Há um certo número de finalidades a atingir que necessitam do consumo de maiores verbas. Ë de louvar o reforço das dotações dos serviços florestais e espera-se que os serviços mantenham um ritmo de trabalho eficiente e económico.

A despesa da colonização interna manteve-se na cifra de 1907.

Ainda não se iniciaram os trabalhos tendentes ao emparcelamento e parcelamento da propriedade rústica, a que tantas vezes se tem aludido nestes pareceres e que devem representar, se bem orientados, o aumento da produtividade da terra e melhor equilíbrio social. A verba de maior relevo que aparece no quadro geral das despesas do Ministério, já publicado, é a do Fundo de Exportação, inscrita na rubrica «Gabinete do Ministro», mas com vida à parte. Aumentou 15 000 contos em relação a 1957.

Assim, pode decompor-se aquela rubrica do modo que segue:

A despesa privativa do Gabinete aumentou de cerca de 935 contos, mas deve atender-se que inclui já dois Secretários de Estado - o do Comércio e o da Agricultura, além do Subsecretário da Indústria. Deu-se nestes serviços, que compreendem a Secretaria-Geral e a Comissão de Coordenação Económica, uma ligeira diminuição de despesa, que teve lugar nas dotações de pessoal e material, como se verifica a seguir:

contos

197. Continuam a aumentar os gastos de nestes serviços, que atingiram 29 487 contos e tiveram lugar quase inteiramente no pessoal dos quadros. O acréscimo da despesa ordinária em relação a 1957 foi de 3988 contos e destes, 2051 contos referem-se a pessoal, como se verifica nos números que seguem:

Tanto em material como nos encargos deram-se também aumentos sensíveis e em especial nos últimos. O desenvolvimento da despesa do pessoal tem sido contínuo e deu-se quase sempre no pessoal dos quadros, que ainda aumentou a sua despesa em 1957 para 22 978 contos, mais 2134 contos. A diminuição no pessoal contratado deve ter sido proveniente da passagem de parte do pessoal para os quadros. A diminuição foi da ordem dos 400 contos, como se observa nos números seguintes: